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Gasto do consumidor nos EUA ganha força, com queda dos preços da gasolina

Publicado 11.12.2014, 15:10
Atualizado 11.12.2014, 15:20
Gasto do consumidor nos EUA ganha força, com queda dos preços da gasolina

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - Os gastos do consumidor dos Estados Undios avançaram em ritmo acelerado em novembro, com a queda preços da gasolina impulsionando a temporada de compras de fim de ano, no mais recente sinal de fôlego econômico.

O Departamento de Comércio informou nesta quinta-feira que as vendas no varejo excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação cresceram 0,6 por cento no mês passado, após aumentarem 0,5 por cento em outubro.

O chamado núcleo das vendas no varejo corresponde de forma mais próxima ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto (PIB).

"Fornece um pouco de impulso às estimativas de crescimento do quarto trimestre", disse o estrategista-chefe do BTIG, Dan Greenhaus. "Esperamos que os preços mais baixos de gasolina continuem no primeiro semestre do ano que vem e, com a melhora do mercado de trabalho, o PIB deve ser bem sustentado nos próximos trimestres", acrescentou.

O avanço de novembro do núcleo das vendas no varejo excedeu as expectativas de Wall Street de ganho de 0,4 por cento. Além disso, sugeriu que os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, estão acelerando no quarto trimestre após diminuírem o passo no período entre julho e setembro.

A empresa de estimativas Macroeconomic Advisers elevou sua projeção de crescimento no quarto trimestre em 0,3 ponto percentual, a uma taxa anualizada de 2,4 por cento.

As bolsas dos EUA avançavam após a divulgação dos dados, recuperando-se fortemente depois de três dias de queda.

Os rendimentos da dívida do Tesouro dos EUA subiam, enquanto o dólar ganhava contra uma cesta de divisas.

Os números sólidos de vendas no varejo somaram-se ao resultado positivo do relatório de emprego de novembro ao pintar um quadro razoavelmente otimista sobre a economia, apesar da recessão no Japão e da fraqueza do crescimento na zona do euro, China e em importantes mercados emergentes.

Em outro relatório, o Departamento de Trabalho informou que os novos pedidos de auxílio-desemprego recuaram na semana passada, levando-os firmemente abaixo do patamar de 300 mil, em um sinal de contínua melhora do mercado de trabalho.

O aperto das condições do mercado de trabalho está começando a provocar crescimento salarial, o que, aliado aos preços mais baixos de gasolina, está ajudando a estimular os gastos do consumidor.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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