Por Jonathan Landay e Arshad Mohammed
WASHINGTON (Reuters) - Michael Flynn, escolhido pelo presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, como conselheiro de segurança nacional, realizou cinco ligações telefônicas com o embaixador da Rússia nos EUA no dia em que o governo norte-americano retaliou Moscou pela interferência na eleição presidencial, disseram três fontes próximas ao assunto.
As ligações ocorreram entre o momento em que a embaixada russa foi informada das sanções e o anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, de que ele decidira não retaliar de volta, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas.
As ligações levantam dúvidas entre algumas autoridades norte-americanas sobre os contatos entre assessores de Trump e autoridades russas, em um momento no qual as agências de inteligência norte-americanas sustentam a tese de que Moscou realizou uma grande campanha de hackers para alavancar as chances do republicano e minar a candidatura da democrata Hillary Clinton.
No dia 29 de dezembro, o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou a expulsão de 35 diplomatas russos suspeitos de serem espiões, e aplicou sanções a duas agências de inteligência russas por suposto envolvimento em invadir os sistemas de grupos políticos dos EUA. (Reportagem adicional de Warren Strobel, Emily Stephenson, Ayesha Rascoe e Susan Heavey)