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Correção de tabela do IR teria impacto de R$50-60 bi, não seria viável no momento, indica Guedes

Publicado 14.05.2019, 18:46
© Reuters. .

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que a correção da tabela de Imposto de Renda "desde lá de trás" teria um impacto entre 50 bilhões e 60 bilhões de reais, indicando que este não seria um movimento possível num momento em que o governo luta para reequilibrar as contas com a reforma da Previdência.

"Se fizesse um negócio desse na hora que você está falando em fazer uma reforma da Previdência para tentar conseguir 100 bilhões (de reais), você fazendo sacrifício para todo mundo, aí você chega e fala 'atualiza a reforma aí e gasta 70 bilhões para todo mundo' você começa a confundir a coisa", disse Guedes, ao participar de audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.

Durante sua participação, o ministro ressaltou estar focado na batalha pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda as regras para aposentaria. "Não adianta me chamar para uma outra, estou focado nessa batalha."

Em vários momentos, ele ressaltou que a situação fiscal do Brasil é difícil e que o encaminhamento da questão previdenciária é urgente, uma vez que os gastos nessa área são "galopantes" e "engolem tudo".

O ministro avaliou ainda que, se a PEC for chancelada pelo Congresso, a taxa de juro real de equilíbrio da economia desce mais ainda. Do contrário, "está aí nos 2,5% esperando", sublinhou.

Guedes também ponderou que o quadro de forte descasamento entre receitas e despesas deixa o BC de mãos atadas.

"O Banco Central paga o pato pelo desequilíbrio fiscal. Todo mundo acha que é o Banco Central que causa o juro alto. Não. O Banco Central fica ali doido para poder ter um ajuste fiscal forte para ele poder trabalhar com juros mais baixos e estimular a economia", disse.

Mais cedo nesta terça-feira, o BC apontou uma "probabilidade relevante" de que a economia brasileira tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, mas manteve o discurso de que precisa de tempo para analisar a fundo o quadro antes de eventual mudança na rota dos juros, incluindo nessa equação o impacto das reformas na economia.

ABERTURA DA ECONOMIA

Na CMO, Guedes também afirmou que o governo trabalhará na abertura da economia e, nesse sentido, destacou que está prestes a chegar a um acordo com a Argentina, por ora travado por um impasse em relação ao vinho.

"Eles estão tentando fechar conosco um acordo comum para nós irmos juntos ao mercado comum europeu. Os europeus já estão de acordo... e nós, por causa do vinho no Rio Grande do Sul, estamos ainda travando", afirmou Guedes, pontuando que a proposta envolve o fim das tarifas de importação para o vinho num prazo de 15 anos.

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"Claro que a gente não devia fazer isso, mas o presidente está preocupado com o impacto sobre a industria lá do sul e, ao mesmo tempo, a ministra Tereza Cristina (da Agricultura) está dizendo 'olha, espera aí, temos que examinar isso com cuidado'. É a última pontinha que falta para darmos um salto importante", acrescentou.

(Com reportagem adicional de Mateus Maia)

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