PEQUIM (Reuters) - Os cortes de impostos da China no ano que vem podem exceder o equivalente a 1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), disse um assessor do banco central em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, em um sinal de que as autoridades possam estar considerando outra rodada de reduções de impostos.
Pequim prometeu uma política fiscal mais pró-ativa para sustentar a segunda maior economia do mundo, onde o crescimento diminuiu para o ritmo mais lento desde a crise financeira global, à medida que uma campanha para enfrentar os riscos da dívida e a guerra comercial com os Estados Unidos começa a ter efeito.
Espera-se que os cortes de impostos e as reduções de taxas do ano que vem cheguem a 1 por cento do PIB, ou até superem o mesmo, disse Ma Jun, assessor de políticas do Banco do Povo da China, à revista financeira Caixin.
O PIB da China totalizou 82,7 trilhões de iuanes (11,93 trilhões de dólares) no ano passado. Um corte de impostos igual a 1 por cento do PIB no próximo ano seria de pelo menos 827 bilhões de iuanes.
A previsão de Ma se complementam ao 1,3 trilhão de iuanes de reduções fiscais estimadas por Pequim para este ano. O ministro das Finanças, Liu Kun, disse em setembro que as autoridades estão estudando as reduções de impostos em uma escala ainda maior.
Ma também disse na entrevista que os cortes no próximo ano provavelmente serão maiores do que a extensão das reduções de impostos nos EUA, embora ele não tenha elaborado em que base o corte da China excederia o dos Estados Unidos.
No sábado, Pequim publicou uma versão preliminar de novas regras para deduções fiscais como parte de uma grande reformulação da lei de imposto de renda de pessoa física do país.
As propostas incluem uma redução contra o imposto de mil iuanes por mês para pagamentos de juros sobre hipotecas residenciais, e de 800 a 1,2 mil iuanes por mês para pagamentos de aluguéis.