BUENOS AIRES (Reuters) - Mais argentinos desaprovam o presidente do país, Maurício Macri, do que aprovam pela primeira vez desde que ele assumiu o cargo há mais de um ano, de acordo com uma pesquisa da consultoria Management & Fit publicada pelo jornal Clarín neste domingo.
A desaprovação de Macri foi de 44,2 por cento, contra 40,2 por cento dos argentinos que o aprovam, mostrou a pesquisa, sem mencionar dados de levantamentos anteriores.
Macri anunciou uma série de reformas amigáveis aos mercados que reduziram subsídios defendidos por seus antecessores de esquerda, mas a terceira maior economia da América Latina ainda não deu sinais claros da recuperação que ele prometeu quando era candidato.
Cerca de 48 por cento dos argentinos acham que a economia vai piorar nos próximos meses, contra 27 por cento que acham que vai melhorar, apontou a pesquisa.
Nesta semana a maior central sindical do país convocou uma greve geral para o dia 6 de abril para protestar contra políticas que eles afirmam prejudicar os trabalhadores e eliminar empregos.
De acordo com o levantamento, a corrupção é a maior preocupação dos argentinos, seguida por crime e desemprego.
Neste mês Macri prometeu novas leis para evitar conflitos de interesse em seu governo, após enfrentar acusações de tentar beneficiar empresas ligadas à sua família.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre os dias 11 e 17 de março.
(Reportagem de Maximilian Heath)