BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que o nome do novo ministro da Fazenda não será anunciado antes da reunião de cúpula do G20, que ocorre de 15 e 16 de novembro, na Austrália.
Ao ser perguntada por jornalistas se já escolheu o novo ministro e se vai definir antes do encontro, Dilma disse que "não".
Dilma, reeleita para um novo mandato, anunciou durante a campanha que o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, não participará do novo governo.
A expectativa do mercado é que Dilma escolha um economista de mercado ou um líder empresarial como seu próximo ministro da Fazenda para reconstruir os laços com o setor privado.
No entanto, há poucos indícios de que a presidente irá optar pelo favorito dos investidores, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Dilma gosta da microgestão política econômica e pode preferir uma solução interna, como o ex-secretário-executivo do ministério da Fazenda Nelson Barbosa, arquiteto do programa de moradia popular, Minha Casa Minha Vida.
A nomeação de um assessor próximo, como Barbosa, seria um sinal de continuidade de suas políticas, disseram fontes do governo à Reuters.
Escolher o amplamente respeitado Meirelles, que conta com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seria um sinal de que Dilma está disposta afrouxar seu controle sob a gestão econômica e mudar para políticas mais favoráveis ao mercado.
(Por Maria Carolina Marcello; Reportagem adicional de Alonso Soto e Anthony Boadle)