Por Ori Lewis
JERUSALÉM (Reuters) - Forças de segurança de Israel mataram a tiros dois agressores palestinos na Cisjordânia nesta quinta-feira, de acordo com a polícia e o Exército, à medida que os ataques a faca não mostram sinais de diminuição.
Os ataques mais recentes, como outros nas últimas semanas, aconteceram na cidade de Hebron, sinalizando que a violência está mudando para a Cisjordânia em vez de Israel e Jerusalém, onde a polícia montou bloqueios nas ruas de bairros palestinos em que moravam muitos dos supostos agressores.
Um policial paramilitar matou a tiros um palestino que esfaqueou e feriu levemente um soldado, de acordo com a polícia. Horas depois, em um local próximo, um segundo palestino foi morto a tiros por tropas israelenses quando tentou esfaquear um soldado, que não ficou ferido, informou o Exército.
A onda de violência, a pior desde a guerra de Gaza em 2014, foi em parte estimulada por tensões religiosas e políticas sobre um local em Jerusalém sagrado tanto para muçulmanos como para judeus.
Um aumento do número de visitantes judeus à praça da mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém -o local mais sagrado do Islã fora da Arábia Saudita e reverenciado no judaísmo como a localização de dois templos bíblicos destruídos- tem estimulado alegações palestinas de que Israel está violando o "status quo" do local, segundo o qual a oração judaica é proibida.
Israel se comprometeu a respeitar o acordo de longa duração na localidade, que fica dentro da murada Cidade Velha de Jerusalém.
Desde o início da mais recente onda de violência, em 1º de outubro, pelo menos 61 palestinos foram mortos a tiros por israelenses na Cisjordânia e em Gaza. Desses, 34 foram apontados como agressores armados com facas e, em alguns casos, com armas, de fogo. Onze israelenses foram mortos nos ataques.