BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal aumentou 11,5 por cento em 2016, atingindo 3,113 trilhões de reais, um novo recorde histórico, ainda que dentro do teto máximo de até 3,3 trilhões de reais estipulado pelo governo federal, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira.
A alta foi puxada principalmente pelo avanço de 12,7 por cento da dívida mobiliária federal interna sobre 2015, para 2,986 trilhões de reais. A dívida pública federal externa, por outro lado, caiu 11,4 por cento na comparação anual, alcançando 126,52 bilhões de reais.
Em outubro, o Tesouro havia reafirmado o intervalo de 3,1 trilhões a 3,3 trilhões de reais para a dívida total ao fim de 2016 em revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF).
No PAF para 2017 divulgado nesta quarta-feira, o Tesouro fixou um intervalo de 3,45 trilhões a 3,65 trilhões de reais para a dívida pública federal.
DEZEMBRO
Em dezembro, a dívida pública federal subiu 0,66 por cento sobre novembro. Na mesma base, a dívida pública mobiliária interna cresceu 0,84 por cento, enquanto a dívida externa caiu 3,60 por cento.
Em relação à composição, os títulos indexados à Selic terminaram o ano dentro do limite de 27 a 31 por cento previsto no PAF de 2016, com fatia de 28,24 por cento. Em novembro, esse percentual havia sido de 27,81 por cento.
Enquanto isso, os títulos prefixados compreendiam 35,73 por cento do total em dezembro, ante 35,95 por cento no mês anterior e dentro da faixa de 33 a 37 por cento fixada pelo Tesouro como meta.
Os papéis corrigidos pela inflação também continuaram enquadrados no intervalo de 29 a 33 por cento estipulado para 2016, encerrando dezembro em 31,83 por cento, mesmo patamar de novembro.
Finalmente, os títulos remunerados pelo câmbio respondiam por 4,20 por cento da dívida total em dezembro, ante 4,40 por cento observados em novembro, mas dentro da previsão de 3 a 7 por cento para o ano.
A participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna caiu a 14,33 por cento em dezembro, contra 14,44 por cento em novembro. Em dezembro de 2015, o percentual havia sido de 18,79 por cento.
(Por Marcela Ayres)