TAILLINN (Reuters) - A zona do euro tem que primeiro identificar seus problemas e então ver quais mudanças em suas instituições são necessárias para corrigi-los, disseram ministros das Finanças nesta sexta-feira durante conversas informais sobre o futuro da região de moeda única.
As discussões na capital da Estônia, Tallinn, seguem diferentes propostas da França, Alemanha e da Comissão Europeia para renovar a zona do euro depois que o Reino Unido deixar o bloco, o que deve ocorrer em março de 2019.
Várias propostas incluem a criação de um ministro das Finanças da zona do euro ou pan-UE, estabelecendo um orçamento separado da zona do euro ou reservando uma parte do orçamento da UE existente para a união monetária, além da criação de um Parlamento da zona do euro junto ou dentro do Parlamento existente da UE.
"Acho que devemos começar do outro lado", disse o presidente dos ministros das Finanças da zona do euro, Jeroen Dijsselbloem, ao entrar nas negociações ministeriais.
"Em vez de ter um debate com foco sobre o lado institucional, (devemos ter) um debate sobre o que falta na união econômica e monetária, em termos de resiliência, competitividade, solidariedade", afirmou.
"Então, eu acho que devemos começar com qual é o problema e terminar com um debate institucional", disse Dijsselbloem.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, disse que a tarefa de renovar a zona da moeda única é urgente.
"Trata-se de como tornamos a Europa politicamente e economicamente mais forte e capaz de agir. Como fazemos isso? Essa é a tarefa urgente", disse ele.
(Por Jan Strupczewski e Francesco Guarascio)