O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (20) que o Brasil saiu da “pior recessão da história” e que agora é o momento de investir no país. A afirmação foi feita no seminário Oportunidades de Investimentos no Brasil, promovido pelo jornal Finantial Times, em Nova York.
“Agora é o momento que a economia vai começar a crescer, mas os preços ainda não refletem essa retomada”, disse o ministro. Meirelles destacou a aprovação da reforma trabalhista, o estabelecimento de um teto para os gastos públicos e a proposta de uma taxa de juros do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mais alinhada com o mercado como fatores que melhoraram a situação do país. Além disso, segundo ele, o governo está empenhado em aprovar a reforma da Previdência.
“Os agentes econômicos estão confiantes que estamos no trilho certo e a economia vai continuar crescendo”, disse.
Perguntado sobre um vídeo nas redes sociais em que aparece pedindo oração a pastores pela geração de emprego e pela economia, o ministro respondeu que é preciso “juntar todo o apoio” da sociedade. “Evidentemente, eu falo muito para homens de negócios, banqueiros e investidores. Estou sempre falando com esses grupos. Decidi que também era um momento de falar com outras partes da sociedade também”, disse.
Na semana passada, Meirelles recebeu para almoço em sua casa deputados da bancada de seu partido, o PSD. Ele foi convidado para ser candidato a presidente nas próximas eleições. Meirelles, no entanto, negou que seja pré-candidato.
Recuperação gradual
Mais cedo, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse, também em Nova York, que o crescimento econômico no Brasil está em recuperação gradual, depois de dois anos em recessão. Goldfajn afirmou que o impulso para a recuperação veio do crescimento do consumo, estimulado pelos ganhos de renda com a “forte desinflação”. “O próximo passo para um crescimento sustentável e equilibrado virá de novos investimentos”, disse.
Em agosto, o governo federal anunciou concessões de aeroportos, rodovias e terminais portuários e privatizações, como da Casa da Moeda.