Washington, 3 dez (EFE).- O principal assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou nesta segunda-feira que o governo dos Estados Unidos espera que a China reduza as tarifas impostas aos seus automóveis "até 0", depois que os presidentes de ambos países se reuniram durante a Cúpula do G20 em Buenos Aires.
"Ainda não temos um pacto específico nesse ponto (o dos automóveis), mas esperamos que essas tarifas baixem até 0", disse Kudlow em entrevista coletiva por telefone, na qual repassou o princípio de acordo alcançado entre o presidente americano, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping.
Trump anunciou nas últimas horas que o pacto inclui "retirar e reduzir" os encargos que a China impõe às importações de automóveis americanos, uma afirmação que o governo chinês não quis confirmar nem desmentir.
"A China aceitou reduzir e retirar as tarifas aos carros que chegam à China dos EUA. Atualmente, a tarifa é de 40%", escreveu Trump em sua conta do Twitter (NYSE:TWTR) pouco depois de retornar da Argentina.
Após o encontro entre Trump e Xi, ambas potências tentarão completar as conversas "nos próximos 90 dias", um período no qual o presidente americano aceitou deixar em 10% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses a partir de janeiro de 2019, e não aumentá-las a 25%, como estava previsto.
Na conversa com jornalistas, Kudlow informou que o responsável de Comércio Exterior dos EUA, Robert Lighthizer, será o encarregado de liderar as negociações com a China, o que significa que o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, deverá dar um passo ao lado.
"Lighthizer tomará a iniciativa nas negociações. É o melhor para fazê-lo. (...) O secretário Mnuchin também terá um papel importante nessas reuniões ", detalhou o assessor presidencial.
Além disso, Kudlow garantiu que no encontro bilateral entre Trump e Xi viu "química" entre ambos e disse que "as relações pessoais" nestas questões "também importam".