WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos começaram a cobrar taxas de importação mais altas, em torno de 25%, sobre bens chineses que chegam ao país através dos portos, em uma escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, o que abre a porta para uma resposta do governo chinês.
O presidente americano, Donald Trump, impôs o aumento das taxas aos produtos chineses no dia 10 de maio, mas havia permitido um prazo adicional para os carregamentos marítimos que haviam deixado a China até esta data.
O governo americano estabeleceu o limite de 1o de junho para o uso da taxa alfandegária anterior, que era de 10%. A partir dessa data, o imposto passaria aos 25% anunciados.
O aumento inclui diversos setores, como eletrodomésticos, móveis, produtos de iluminação e modens e roteadores para internet.
Antes mesmo deste sábado, a China começou a aplicar taxas adicionais a uma lista de importações, em resposta às ações americanas, que ficam entre 20% e 25% sobre mais da metade dos 5.140 produtos americanos listados pelas autoridades chinesas. Antes disso, taxas de 5% a 10% já tinham sido implementadas.
Não há novas rodadas de negociações programadas entre os dois países, desde que o último encontro, no dia 10 de maio - mesmo dia em que Trump anunciou as novas barreiras - terminou em impasse.
O presidente americano acusou a China de romper um acordo para encerrar a disputa comercial ao voltar atrás em compromissos acordados em meses de negociação, o que o governo chinês nega.
(Reportagem de David Lawder, Stella Qiu e Se Young Lee)