BAGDÁ, Iraque (Reuters) - Os Estados Unidos ordenaram que funcionários não emergenciais do governo se retirassem do Iraque nesta quarta-feira, após repetidas manifestações de preocupação de Washington sobre ameaças feitas por forças apoiadas pelo Irã.
O Departamento de Estados norte-americano pediu que os funcionários fossem retirados da embaixada norte-americana em Bagdá e do consulado em Erbil, informou a embaixada em um comunicado.
"Os serviços regulares de visto em ambos os postos serão temporariamente suspensos", afirmou o comunicado, que recomendou que a saída ocorresse o mais rápido possível. O número de funcionários impactados não estava claro.
Na terça-feira, as Forças Armadas dos EUA reafirmaram suas preocupações sobre possíveis ameaças iminentes feitas pelo Irã para as tropas norte-americanas no Iraque, embora um comandante sênior britânico tenha levantado dúvidas sobre o episódio e Teerã tenha chamado o ocorrido de "guerra psicológica".
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, aumentou a pressão sobre o Irã ao acabar com a isenção de sanções para alguns países comprarem petróleo iraniano, como parte dos esforços para minar o poder regional crescente da República Islâmica.
O primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul Mahdi, disse na terça-feira que, a partir de conversas com os Estados Unidos e o Irã, estava recebendo indícios de que "as coisas terminariam bem", apesar da retórica.
Washington enviou forças militares para o Oriente Médio, incluindo um porta-aviões, bombardeiros B-52 e mísseis Patriot, em uma demonstração de forças contra o que autoridades norte-americanas julgaram ser uma ameaça a suas tropas e seus interesses na região.
Um comandante sênior das Guardas Revolucionárias do Irã disse que o Teerã faria retaliações quaisquer movimentos agressivos dos Estados Unidos.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que a decisão de retirar funcionários não emergenciais foi baseada em uma avaliação de segurança, mas não deu detalhes sobre quantas pessoas seriam impactadas pela medida.
"Garantir a segurança das equipes do governo dos EUA e dos cidadãos é nossa maior prioridade e estamos confiantes em relação (à capacidade) dos serviços de segurança do Iraque para nos proteger", disse.
"Mas essa ameaça é séria e queremos reduzir o risco de danos".
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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