Por Rosalba O'Brien
SANTIAGO (Reuters) - Sebastián Piñera, que foi presidente do Chile de 2010 a 2014, declarou oficialmente na terça-feira sua intenção de voltar ao cargo neste ano, apostando que a desilusão generalizada com o atual governo irá ajudá-lo a conquistar os eleitores.
Piñera, político de centro-direita que a revista Forbes lista como o 745º bilionário mais rico do mundo, está pleiteando a indicação da coalizão "Chile Vamos", formada por seu partido e pelo mais conservador UDI.
Muitos já esperavam que ele anunciasse a candidatura, e pesquisas de opinião recentes o colocam como favorito para vencer a eleição presidencial de novembro em um dos países mais afluentes e estáveis da América Latina.
As primárias partidárias estão marcadas para julho.
"Estou convencido de que esta eleição significa uma encruzilhada. Uma opção é insistir ou ir mais adiante pelo caminho errado que o governo segue. A outra é corrigir os erros", disse Piñera em um evento de lançamento de sua candidatura em Santiago, realizado na noite de terça-feira e televisionado no horário nobre.
O apoio a Piñera está na casa dos 40 por cento, e seu rival mais próximo, o senador independente de esquerda Alejandro Guillier, tem cerca de 30 por cento das intenções de voto, de acordo com uma média de sondagens da empresa Tresquintos.
Embora elogiada frequentemente no exterior, a presidente chilena de centro-esquerda, Michelle Bachelet, constitucionalmente proibida de concorrer a um segundo mandato consecutivo, vem se tornando cada vez mais impopular em casa desde que sucedeu Piñera em março de 2014.