Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 31 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Divulgação de resultados da Apple
Os resultados da Apple (NASDAQ:AAPL), previstos para após o fechamento do mercado, serão o principal evento de hoje, já que a semana agitada em termos de balanços corporativos continua
A maior empresa do mundo em termos de valor de mercado deverá apresentar lucros ajustados de US$ 2,16 por ação no terceiro trimestre fiscal, um aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, com receita de US$ 52,3 bilhões, alta em torno de 15% em relação ao ano passado.
Além dos números de vendas e de lucros, investidores estarão atentos às vendas de unidades do iPhone. O crescimento da atividade de serviços da Apple também estará em foco.
Mais importante, os investidores estarão atentos à diretriz crucial para o segundo semestre após projeções decepcionantes de Facebook (NASDAQ:FB), Twitter (NYSE:TWTR) e Netflix (NASDAQ:NFLX), apresentadas ainda neste mês, terem gerado preocupações sobre o crescimento futuro de um setor que levou as ações dos EUA a altas recordes.
A empresa fará a apresentação dos resultados às 18h00.
Além da Apple, uma série de empresas constituintes do S&P 500 também deverá divulgar os resultados nesta terça-feira.
Antes da abertura do mercado, Procter & Gamble (NYSE:PG), Pfizer (NYSE:PFE), Archer Daniels Midland (NYSE:ADM), Cummins (NYSE:CMI), Shopify (NYSE:SHOP), Ralph Lauren (NYSE:RL), Steven Madden (NASDAQ:SHOO), Intelsat (NYSE:I), Arconic (NYSE:ARNC) e Lumber Liquidators (NYSE:LL) serão os destaques.
Após o mercado fechar, os resultados da Apple serão acompanhados por resultados de Baidu (NASDAQ:BIDU), iQIYI (NASDAQ:IQ), Pandora (NYSE:P), Akamai (NASDAQ:AKAM), Whiting Petroleum (NYSE:WLL) e Anadarko Petroleum (NYSE:APC).
2. Início da reunião de dois dias do Federal Reserve sobre política monetária
O Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (FOMC, na sigla em inglês) inicia sua reunião de política monetária de dois dias hoje, com uma decisão prevista para a tarde de quarta-feira.
Não é esperado que o banco central dos EUA tome nenhuma ação sobre as taxas de juros, mas um sólido crescimento econômico combinado com o aumento da inflação provavelmente manterá a trajetória de mais dois aumentos neste ano, mesmo após o presidente Donald Trump ter elevado as críticas à pressão da instituição para aumentar as taxas.
Até este momento neste ano, o Fed aumentou os custos de crédito em março e junho e os investidores acreditam que haverá movimentos adicionais em setembro e dezembro.
Em outras notícias de bancos centrais, o Banco do Japão fez pequenos ajustes à sua política monetária ultrafrouxa em vez de mudanças mais drásticas que alguns operadores do mercado previam.
Isso inclui permitir que as taxas de longo prazo flutuem, dependendo da evolução econômica e dos preços, e realizar aquisições de ativos de forma mais flexível.
Em resposta, os rendimentos de títulos do governo japonês com vencimento em 10 anos recuavam acentuadamente para 0,05% a partir de uma alta de um ano e meio de 0,11%. A movimentação destes títulos fez com que os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos também caíssem.
3. Foco na métrica favorita de inflação do Fed
O calendário desta terça-feira traz o relatório atentamente observado sobre renda pessoal e gastos pessoais, que incluem os dados da inflação das despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), a métrica preferida do Fed para a inflação; a divulgação está prevista para as 09h30.
O consenso das projeções indica que o relatório mostrará que o núcleo do índice de preços PCE subiu 0,1% no mês passado após ter subido 0,2% no mês anterior. Em base anual, espera-se que o núcleo dos preços PCE tenha subido 2,0%.
O Fed utiliza o núcleo PCE como ferramenta para ajudar a determinar se eleva ou abaixa as taxas de juros com o intuito de manter a inflação na taxa de 2% ou abaixo disso.
Há também o índice de preços de imóveis S&P/Case-Shiller relativo a maio às 10h00, acompanhado pela leitura de julho sobre a atividade industrial no Meio-Oeste às 10h45, e o mais recente estudo da confiança do consumidor do CB às 11h00.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava pouco alterado em torno de 94,15.
4. Mercado futuro dos EUA aponta para pequenos ganhos
O mercado futuro dos EUA apontava para pequenos ganhos na abertura, com os principais índices a caminho de quebrar uma sequência de perdas de três sessões, já que investidores se concentram no último lote de resultados corporativos e em dados econômicos.
Às 06h30, o índice de tecnologia de futuros do Nasdaq 100 indicava perda de 9 pontos, ou cerca de 0,1%, na abertura. O índice blue chip futuros do Dow e os futuros do S&P 500 também indicavam um início ligeiramente em baixa em seus respectivos pregões.
Wall Street caiu na segunda-feira, com a queda em ações populares do setor de tecnologia empurrando o Nasdaq Composite para seu menor fechamento em mais de três semanas.
Já na Europa, as principais bolsas da região lutavam em busca de direção, com a maioria dos setores se movendo em direções diferentes em meio a uma série de dados e lançamentos corporativos.
Dados mostraram que, embora a inflação na zona do euro tenha acelerado ainda mais que a meta do Banco Central Europeu em julho, o crescimento desacelerou inesperadamente para o nível mais fraco em dois anos.
Anteriormente, as bolsas asiáticas fecharam em diferentes direções, acompanhando a debandada em ações globais do setor de tecnologia.
5. Petróleo em baixa antes de dados do API
Nos mercados de commodities, a cotação do petróleo caía, já que preocupação com excesso de oferta cresciam em meio a indicações de que a produção da Opep cresceu em julho e foi a maior em 2018.
Os contratos futuros de petróleo Brent, a referência global, tinham queda de US$ 0,39 centavos, ou 0,5%, e eram negociados a US$ 75,16 o barril, enquanto petróleo dos EUA recuava US$ 0,44 centavos, ou 0,6%, para US$ 69,69.
Investidores também se concentrarão em novos dados dos estoques comerciais norte-americanos de petróleo bruto para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) deve divulgar seu relatório semanal referente à semana encerrada em 27 de julho às 17h30 desta terça-feira em meio a expectativas de redução de 3,1 milhões de barris nos estoques.