Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 15 de março, sobre os mercados financeiros:
1. Aumento do Fed no forno, mercados atentos para medir agressividade
O anúncio da política econômica do Federal Reserve (Fed) perde um pouco de sua importância nos mercados com o aumento de 25 pontos base já apontado em 91% de chances nas apostas, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Nesse aspecto, o que estará em foco serão as projeções econômicas atualizadas, em particular o “dot plot” que mostra as expectativas dos membros para futuras alterações nas taxas de juros, e comentários que Janet Yellen, presidente do Fed, fará na entrevista coletiva que será realizada na sequência do anúncio, já que mercados tentam avaliar em que grau o banco central norte-americano pode se tornar mais agressivo a respeito de política monetária.
Analistas discutem atualmente se os decisores manterão sua perspectiva de apenas três aumentos dos juros este ano ou se eles eventualmente optarão por realizar quatro apertos com as possibilidades incluindo o incluindo o possível início da normalização do balanço.
2. Últimos dados para a decisão do Fed
No que parece ser uma semana com poucos dados, o Fed terá alguns últimos dados para assimilar na quarta-feira antes de fazer sua decisão oficial.
É provável que as atenções devam se voltar à inflação anual de fevereiro às 09h30 em horário de Brasília, que é esperada em 2,7%, embora se espere que a leitura do núcleo do IPC fique em 2,2%.
Ao mesmo tempo, as vendas no varejo em fevereiro devem subir pouco enquanto os mercados também estão de olho na atividade industrial em Nova York durante março.
Em outros relatórios às 11h em horário de Brasília, investidores receberão informação sobre os estoques das empresas, junto com o índice NAHB do mercado imobiliário para março.
3. Petróleo volta a subir acima de US$ 48 com estoques fracos
Preços do petróleo estavam mais altos durante a manhã na Europa nesta quarta-feira, recuperando-se dos níveis mais baixos em cerca de quatro meses após dados do setor mostrarem uma queda surpreendente nos níveis dos estoques de petróleo bruto nos EUA.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques norte-americanos de petróleo tiveram uma queda surpreendente de 530.000 barris na semana que se encerrou em 10 de março.
Às 11h30 em horário de Brasília desta quarta-feira, a Agência de Informação de Energia dos EUA, divulgará seu relatório semanal oficial de oferta de petróleo , com expectativas de analistas de um aumento de cerca de 3,7 milhões de barris. Contudo, se a retirada for confirmada, será a primeira redução dos estoques após nove aumentos consecutivos.
Além dos níveis norte-americanos de estoques tão observados, operadores do mercado também estarão atentos à decisão do Fed devido ao efeito que terá no dólar e o impacto correspondente no preço do ouro negro.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA subiram 1,70%, para US$ 48,53 às 7h19 em horário de Brasília, enquanto o petróleo Brent teve aumento de 1,43%, sendo o barril negociado a US$ 51,65.
4. Início da eleição holandesa para aferir sentimento anti-União Europeia
Investidores se concentram em notícias sobre a eleição holandesa, que começou nesta quarta-feira e que está sendo vista como um termômetro da disseminação do populismo na Europa, em particular antes da eleição francesa no próximo mês e sem esquecer da eleição alemã em setembro.
Pesquisas de opinião sugerem que Geert Wilders, nacionalista holandês do Partido da Liberdade, de direita, que deseja retirar a Holanda da União Europeia e interromper a imigração de muçulmanos, perdeu a liderança para oponentes tradicionais.
Entretanto, um impasse diplomático com a Turquia no fim de semana ofuscou a reta final da campanha e influenciar votos em favor de Wilders a menos de 24 horas do dia da votação, levando investidores a ficarem preocupados com a possibilidade de um resultado chocantes como o do Brexit ou a eleição de Trump.
Os resultados são esperados apenas para as primeiras horas de quinta-feira e nenhum partido deve conseguir a maioria, o que significa que pode levar semanas para uma coalizão se efetivar.
O resultado, ainda, será observado de perto devido às suas implicações no crescente sentimento anti-União Europeia e seus efeitos no maior bloco econômico que já tem dificuldades com a decisão do Reino Unido de abandonar o grupo.
5. Notícias sobre o Brexit continuam a dominar os mercados de divisas
Com a decisão do Fed pairando no ar, notícias do Brexit continuam a exercer influência nos mercados de câmbio, com a libra se recuperando de quarta-feira, com uma pesquisa da YouGov mostrando que 57% dos eleitores escoceses preferem permanecer dentro do Reino Unido.
Políticos escoceses aumentaram a pressão na Grã-Bretanha, clamando por um novo referendo de independência já que o Reino Unido está avançando em seu plano de sair da União Europeia.
Acrescentando apoio à libra, o jornal The Times relatou que seu “comitê paralelo de política monetária”, que fornece um ponto de vista sobre o que o Banco da Inglaterra deve fazer, apresentou três membros defendendo aumento da taxa de juros para lutar contra a inflação.
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