Investing.com - Nesta semana, os participantes do mercado aguardam o resultado da reunião do Banco Central Europeu na quinta-feira em meio a indicações cada vez maiores de que o banco central poderia aumentar seu programa de estímulo monetário e definir as taxas ainda mais em território negativo.
Enquanto isso, a China deve divulgar dados sobre comércio e inflação em meio às atuais preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
Os traders também aguardam anúncios sobre a política monetária do Banco do Canadá e do Banco Central da Nova Zelândia.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista dos cinco maiores eventos do calendário econômico que podem afetar os mercados.
1. Reunião sobre política monetária do Banco Central Europeu (BCE)
A decisão de taxa de juros mais esperada do Banco Central Europeu deve ser divulgada às 12h45, horário de Londres, ou 07h45, horário do leste dos EUA nesta quinta-feira, uma vez que grande parte do foco vai estar na coletiva de imprensa do presidente Mario Draghi, 45 minutos após o anúncio.
O consenso é que o BCE corte a taxa de depósito ainda mais em território negativo para -0,40%, de -0,30%. Os analistas do mercado também esperam que o banco central amplie seu programa de flexibilização quantitativa mensal para € 75 bilhões, dos atuais € 60 bilhões.
2. Dados de comércio da China
A China deve divulgar dados de comércio de fevereiro às 15h GMT na terça-feira, ou 22h ET, na segunda-feira. O relatório deve mostrar que o superávit comercial do país contraiu para US$ 50,2 bilhões no mês passado de US$ 63,3 bilhões em janeiro.
As exportações chinesas em fevereiro devem cair 12,5% em comparação com o ano anterior, após uma queda de 11,2% há um mês, ao passo que as importações devem cair 10,0 %, após terem caído 18,8% em janeiro.
Na quinta-feira, a China deve publicar relatórios sobre a inflação de preços ao consumidor e produtor. Os dados devem mostrar que os preços ao consumidor subiram 1,9% no mês passado, em comparação com uma leitura de 1,8% em janeiro, ao passo que os preços ao produtor devem cair 4,9%, o que seria a 46ª queda mensal consecutiva.
3. Decisão de taxa do Banco do Canadá
A mais recente decisão de taxas de juros do Banco do Canadá deve ser divulgada às 15h GMT, ou 10h ET na quarta-feira, com a maioria dos especialistas aguardando que o banco central mantenha sua decisão.
Alguns analistas do mercado esperam que o presidente do BOC, Stephen Poloz, seja mais otimista sobre a economia e sinalize uma maior disposição para se afastar de seu ciclo de flexibilização.
4. Atualização da política monetária do Banco Central da Nova Zelândia
O Banco Central da Nova Zelândia deve fazer a atualização da política monetária às 20h GMT, ou 13h ET, na quarta-feira. Os especialistas do mercado estão divididos sobre se o banco RBNZ fará movimentos sobre as taxas, com alguns prevendo um corte de 25 pontos base, para uma baixa recorde de baixa de 2,0%, ao passo que outros não esperam nenhuma mudança.
O presidente do Banco Central, Graeme Wheeler, cortou a taxa de referência quatro vezes no ano passado e, em sua revisão da taxa oficial em janeiro, ele abriu o caminho para novos cortes.
5. Discurso de autoridades do Fed
Já que a pauta econômica desta semana não apresenta muitos dados dos EUA, os participantes do mercado vão prestar muita atenção aos discursos de duas autoridades do Banco Central dos EUA (Fed) na segunda-feira para avaliar o equilíbrio de opiniões entre os legisladores quanto à perspectiva para novos aumentos da taxa.
O presidente do Fed, Lael Brainard, deve fazer um discurso intitulado "Economic Outlook, Liquidity and Resilience"(Perspectiva Econômica, Liquidez e Resiliência) na Conferência anual de Washington no Institute of International Bankers, em Washington DC, às 18h GMT, ou 13h ET, na segunda-feira.
Ao mesmo tempo, o vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, fará um discurso intitulado "Reflections on Macroeconomics Then and Now"(Reflexões sobre o antes e o depois da Macroeconomia) na conferência política da National Association for Business Economics (NABE), em Washington DC.
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