Investing.com - As cinco principais notícias desta quinta-feira, 18 de agosto, sobre os mercados financeiros são:
1. Dólar opera em baixas de 8 semanas com Fed dividido
O dólar operou no nível mais baixo em quase oito semanas nesta quinta-feira, após as atas da reunião de política de julho do Banco Central dos EUA (Fed) terem mostrado que os membros do comitê permaneceram divididos sobre o calendário do próximo aumento das taxas.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,67% para 94,31, o nível mais baixo desde 24 de junho. A moeda tinha ficado em 94,42, às 05h50 ET (09h50 GMT) uma queda 0,3%.
Os futuros de fundos do Fed estão apostando atualmente em uma probabilidade de apenas 9% de um aumento das taxas em setembro, em comparação com 15% no dia anterior. A probabilidade para dezembro ficou em torno de 46%, abaixo dos 53% no dia anterior, de acordo com o Monitor da Taxa de Juros da Reserva Federal da Investing.com.
Contra o iene, o dólar caiu para 99,65, aproximando-se dos 99,55 atingidos na terça-feira, o nível mais baixo desde a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia no final de junho. A moeda tinha ficado em 100,27, praticamente estável para o dia.
Enquanto isso, o euro operou em alta de oito semanas de 1,1332 em relação ao dólar antes de cair para 1,1312, uma alta de 0,2%.
2. Discurso de autoridades do Fed e dados dos EUA em foco
Os participantes do mercado vão prestar muita atenção aos comentários de algumas autoridades do Fed mais tarde, uma vez que eles continuam especulando sobre o cronograma para o próxmo aumento das taxas de juros nos EUA.
O presidente do Fed de Nova York William Dudley discursará às 10h ET (14h GMT), o presidente do Fed de San Francisco John Williams fará um pronunciamento em Anchorage, Alaska, às 16h ET e o presidente do Fed de Dallas Robert Kaplan falará às 20h ET.
Além das autoridades do Fed, os traders estarão observando atentamente os pedidos de seguro-desemprego semanais que serão divulgados às 08h30 ET (12h30 GMT). O levantamento do Fed da Philadelphia também será divulgado às 8h30.
Os relatórios econômicos serão analisados após as atas do FOMC terem revelado que os legisladores gostariam de ver mais dados antes de decidir sobre o aumento das taxas.
3. Petróleo amplia recuperação para novas altas de 5 semanas; Brent ultrapassa US$ 50
Os preços do petróleo foram negociados em altas pela sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira, ampliando a recuperação impressionante deste mês para bater novas altas de cinco semanas em meio à tendência de valorização dos preços.
O petróleo dos EUA subiu 20 centavos, ou 0,43%, para US$ 46,99 por barril nas negociações da manhã em Nova York, ao passo que o Brent caiu 11 centavos, ou 0,22%, para US$ 49,74 por barril, após ter tocado uma alta da sessão de US$ 50,05, o nível mais alto desde 4 de julho.
Os preços do petróleo subiram mais de 13% nas últimas cinco sessões até hoje em meio a indicações de que os principais produtores de petróleo estão reconsiderando um congelamento da produção coletivo em uma tentativa de impulsionar o mercado.
No entanto, os participantes do mercado permaneceram céticos de que a reunião resultaria em alguma ação concreta, após a Arábia Saudita ter sinalizado que poderia impulsionar sua produção para um novo nível recorde em agosto.
4. Vendas no varejo do Reino Unido pós-Brexit sobem muito mais do que o esperado
As vendas no varejo do Reino Unido registraram um aumento maior do que o esperado em julho, sugerindo que os consumidores britânicos estavam seguindo a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia sem dificuldades, de acordo com dados oficiais divulgados nesta quinta-feira.
No início do dia, o Office for National Statistics informou que as vendas no varejo subiram 1,4% em junho, a maior alta desde janeiro e acima das expectativas para um aumento de 0,2%. Ano a ano, as vendas no varejo aumentaram 5,9%. O consenso previa um aumento de 4,2%.
Os dados otimistas seguidos de leituras melhores do que as esperadas sobre o emprego e a inflação no início desta semana diminuíram as preocupações com as perspectivas de crescimento pós-Brexit.
A libra operou em altas de duas semanas de 1,3172 em relação ao dólar antes de cair para 1,3165, um aumento de 1% no dia.
No início desta semana, a libra tinha ameaçado testar uma baixa de 31 anos de 1,2798 alcançada em julho, em meio a preocupações de que os próximos dados do Reino Unido poderiam fornecer a primeira prova de prejuízos econômicos decorrentes da votação da Brexit em junho.
5. Queda das exportações soma-se às preocupações do Japão
As exportações do Japão caíram no ritmo mais rápido em julho desde a crise financeira mundial, sob o peso de um iene forte e uma menor demanda global.
As exportações recuaram 14% no comparativo anual, marcando seu décimo mês consecutivo de quedas e a maior queda desde outubro de 2009. Enquanto isso, as importações despencaram 24,7%, pior do que as projeções para uma queda de 20,6%.
Os números decepcionantes evidenciaram a necessidade de novas medidas de estímulo para reanimar a economia doméstica.