Por Koh Gui Qing
PEQUIM (Reuters) - O iuan não está mais subvalorizado após seus ganhos recentes, mas o governo deveria acelerar as reformas para ter "uma taxa cambial flutuante", afirmou nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O FMI havia classificado o iuan
"Nossa avaliação agora é de que a substancial apreciação efetiva real durante o ano passado trouxe a taxa de câmbio a um nível que não é mais subvalorizado", disse o FMI.
Em referência a como a China ainda tem um grande superávit comercial, apesar do iuan mais forte, o FMI disse que a "posição externa ainda muito forte" de Pequim destaca a necessidade de outras reformas.
O FMI disse que a China ainda enfrenta riscos do crescimento insustentável do crédito e do investimento e pediu que o governo acelere as reformas, especialmente entre empresas estatais em dificuldades mas protegidas da falência.
"O progresso com a reforma de empresas estatais ... tem sido lento", disse o FMI.
A instituição monetária também defendeu um iuan mais flexível.
"Acreditamos que a China deveria buscar alcançar uma taxa de câmbio efetivamente flutuante dentro de dois a três anos", disse o FMI em comunicado após concluir uma consulta anual com autoridades chinesas.
APOIO PARA CRESCIMENTO DO PIB?
A China deveria aumentar os estímulos fiscais à economia se o crescimento ficar abaixo de 6,5 por cento neste ano, ou se preparar para adotar medidas para conter o crédito e o investimento se a expansão surpreender para cima, afirmou o fundo.
O FMI projeta que o crescimento econômico anual da China alcançará 6,8 por cento neste ano, desacelerando ainda mais para 6,25 por cento em 2016, afirmou a instituição em relatório.
"Se os próximos dados sugerirem que o crescimento deve superar 7 por cento, as autoridades deveriam aproveitar a oportunidade para reduzir vulnerabilidades mais rapidamente", disse o FMI.
"Se em vez disso parecer certo que o crescimento vai cair abaixo de 6,5 por cento, então a política fiscal deveria ser afrouxada".
A economia da China cresceu 7,4 por cento em 2014.
O país registrou um crescimento anual de 7 por cento no primeiro trimestre e dados recentes mostraram que perdeu ainda mais força no segundo trimestre, aumentando o risco de que o crescimento no ano pode cair abaixo da meta do governo de 7 por cento.