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Fundos de pensão não vão liderar novo ciclo de investimentos no país, diz presidente do Funcesp

Publicado 12.09.2016, 20:18
Atualizado 12.09.2016, 20:20
Fundos de pensão não vão liderar novo ciclo de investimentos no país, diz presidente do Funcesp

Por Aluísio Alves

FLORIANÓPOLIS (Reuters) - Os fundos de pensão fechados podem ter papel relevante em um novo ciclo de investimentos de longo prazo no país, mas não farão isso sozinhos e tendem a não liderar esse processo, disse o presidente do Funcesp, maior entidade fechada de previdência complementar de capital privado do país.

“Os fundos de pensão podem ter um papel importante, mas vão querer primeiro se assegurar de que terão liquidez e segurança”, disse o presidente do Funcesp, Martin Glogowsky, à Reuters.

A declaração vem num momento em que alguns dos maiores fundos fechados de previdência complementar acumulam perdas pesadas, reflexo em parte de investimentos fracassados em projetos e empresas de infraestrutura.

O governo federal tem indicado que espera contar com essas instituições para financiar um novo ciclo de investimentos em infraestrutura e, com isso, tirar o país de uma recessão que já dura dois anos. Nesta terça-feira, o governo federal vai anunciar as primeiras concessões e privatizações a serem feitas na administração do presidente Michel Temer.

A expectativa de investidores financeiros é de que os fundos de pensão compensem em parte a menor participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em projetos custosos, como de portos, rodovias e estradas.

A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) anunciou nesta segunda-feira esperar que os fundos como um todo alcancem em 2016 a meta atuarial pela primeira vez em cinco anos, justamente por terem recentemente investido mais em títulos do governo, ativos considerados de menor risco e que têm oferecido rentabilidades atraentes.

Segundo o presidente do Funcesp, embora o perfil de longo prazo normalmente conduza os fundos para ativos também mais de mais longo prazo, como os investimentos em infraestrutura, o compromisso fundamental deles é com os cotistas. Assim, mesmo que o gestor de um fundo tenha a oportunidade de ganhos maiores com um ativo de maior risco, vai priorizar a segurança de ativos de prazo menor e menos voláteis.

“O objetivo primordial de um fundo de pensão não é o de ajudar o país a crescer, mas pagar os benefícios de seus associados”, disse Glogowsky.

No caso de fundos mais maduros, em que aposentados já representam uma parte significativa ou até majoritária dos cotistas, o apetite por risco tende a ser ainda menor.

É o caso da própria Funcesp. Com patrimônio sob gestão de 26,1 bilhões de reais, o fundo é o quarto maior do país em ativos. De seus 47 mil participantes de 10 grupos econômicos, praticamente todos de empresas do setor elétrico, cerca de 30 mil são aposentados.

Além disso, 90 por cento dos recursos sob gestão estão em planos de benefício definido. Ou seja, o cotista sabe quanto deve receber quando se aposentar.

Por isso, o Funcesp tinha em julho 84,3 por cento dos recursos aplicados em renda fixa. Apenas 11,3 por cento estavam em renda variável, enquanto o restante está distribuído em imóveis e empréstimos a participantes.

No ano até julho, o fundo teve rentabilidade de 16,1 por cento, ante meta atuarial de 9,9 por cento.

A meta atuarial é a rentabilidade mínima necessária que o fundo deve ter para conseguir pagar os benefícios de todos seus beneficiários ao longo do tempo.

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