Por Heather Schlitz
CHICAGO (Reuters) - Os futuros da soja e do milho caíram nesta sexta-feira, após o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos confirmar que o avanço das safras nos EUA será um dos maiores já registrados.
Os futuros do trigo também perderam terreno após o USDA elevar sua previsão de oferta global de trigo, embora os traders continuem atentos ao clima excessivamente seco e às tensões crescentes na região do Mar Negro.
O milho na CBOT perdeu 2,75 centavos de dólar, a 4,1575 dólares o bushel, com queda de 2,11% na semana. A soja caiu 9,25 centavos de dólar, a 10,055 dólares o bushel, registrando recuo de 3,1% na semana.
O contrato de trigo mais ativo na bolsa de Chicago (CBOT) caiu 4,75 centavos de dólar, a 5,99 dólares o bushel, mas encerrou a semana com alta de 1,5%.
Os agricultores norte-americanos produziram ainda mais milho do que o esperado este ano, informou o USDA, que ampliou sua projeção para a segunda maior cultura no país.
Embora o USDA tenha reduzido sua previsão de produção de soja, ainda se espera que a safra seja recorde.
Analistas disseram que as atenções do mercado se desviaram rapidamente após o relatório.
"Foi um relatório pouco inspirador", disse Sherman Newlin, corretor da Risk Management Commodities. "Voltaremos a negociar apoiados em mercados externos, clima e exportações."
Os traders estão monitorando de perto o alívio das chuvas para o plantio de milho e soja em regiões secas no Brasil e na Argentina, além do clima ideal para a colheita nos EUA.
Na manhã desta sexta-feira, o USDA confirmou que as vendas de exportação de milho foram de 577.928 toneladas para embarque a destinos desconhecidos no ano comercial de 2024/25.
No caso do trigo, o USDA aumentou sua previsão de estoques finais globais em relação ao mês passado e reduziu ligeiramente suas expectativas para a colheita de trigo da Rússia.
(Reportagem de Heather Schlitz em Chicago; reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)