🥇 Primeira regra do investimento? Saiba economizar! Até 55% de desconto no InvestingPro antes da BLACK FRIDAYGARANTA JÁ SUA OFERTA

Governo argentino prepara o terreno para mudar sede de pagamento da dívida

Publicado 26.08.2014, 16:37
Governo argentino prepara o terreno para mudar sede de pagamento da dívida

Buenos Aires, 26 ago (EFE).- O governo argentino revogou a autorização para o Bank of New York Mellon (BONY) operar na Argentina e prepara o terreno para habilitar o pagamento de dívida reestruturada no país, como prevê o projeto de lei governista que começará a ser analisado amanhã no Senado.

"O superintendente de entidades financeiras e cambiais revogou a autorização para a representação do BONY na República Argentina", anunciou nesta terça-feira o chefe de gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, durante sua entrevista coletiva diária.

Segundo a resolução do Banco Central da República Argentina (BCRA), datada de 25 de agosto, "The Bank of New York Mellon não registrou operações ativas, nem existem operações ativas vigentes desde o período que finalizou em dezembro de 2012".

"Dita entidade é a única que não conta com financiamento a residentes do país desde janeiro de 2013 até o momento", acrescentou o BCRA, que alegou um descumprimento do "objetivo operacional" que os representantes das entidades financeiras estrangeiras têm na Argentina para revogar a permissão.

O Bank of New York Mellon é o agente fiduciário estabelecido pelos contratos das trocas de 2005 e 2010 para intermediar no pagamento a credores de dívida reestruturada que recentemente se viram afetados pelo bloqueio imposto pelo juiz nova-iorquino Thomas Griesa.

Embora o governo argentino tenha depositado no BONY os montantes endividados aos credores reestruturados, o banco nova-iorquino não derivou os fundos a seus destinatários porque a operação foi declarada ilegal como parte da aplicação da decisão de Griesa, favorável a fundos especulativos que reivindicam o pagamento íntegro da dívida.

A fim de evitar que o bloqueio de fundos se repita no próximo vencimento de dívida, em 30 de setembro, a presidente argentina, Cristina Kirchner, confia em uma tramitação rápida no Congresso, de maioria governista, do projeto de lei de pagamento soberano local de dívida externa.

Esta iniciativa, que amanhã começará a ser analisada em comissões no Senado, prevê que os títulos públicos emitidos nas trocas de dívida de 2005 e 2010 possam ser cobrados voluntariamente pelos proprietários em Buenos Aires, sem correr risco de embargo por parte de juízes estrangeiros.

O projeto habilita o Ministério da Economia a substituir o BONY como agente de pagamento pela empresa de gestão de fideicomissos do estatal Banco de la Nación Argentina.

Durante sua entrevista coletiva, Capitanich confirmou também que um grupo de investidores, liderados pelo multimilionário americano George Soros, processou o BONY "por descumprir o pagamento de bônus argentinos representando a Hyman Capital Management, por não distribuir 226 milhões de euros de pagamento de bônus argentinos".

"O pagamento de juros se rege pela lei do Reino Unido, que não se pronunciou sobre isto. Até que haja uma ordem similar no Reino Unido, nos devem nossos juros", afirmaram os investidores na denúncia, apresentada em Londres.

A oposição, que se divide entre rejeitar o projeto de lei ou abster-se, lançou hoje duras críticas à gestão do governo no litígio com os fundos especulativos.

"A negação dos problemas traz como resultado o agravamento dos problemas. Com a sentença e a falta de acordo, nos encontramos com um projeto de lei que tem questões perigosas e complicadas", disse hoje o deputado e líder da opositora Frente Renovadora, Sergio Massa.

"O caminho escolhido coloca, além disso, restrições que vão limitar a possibilidade de sucesso da Argentina", acrescentou Massa, candidato presidencial nas eleições de 2015.

"Cristina procura sair como heroína, mas a Argentina pode pagar caro por isso", opinou a deputada opositora e também candidata presidencial Elisa Carrió, que qualificou Capitanich como "um abutre entre os abutres".

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.