😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Governo deve liberar emendas para votar projeto da desoneração na Câmara

Publicado 10.06.2015, 18:30
© Reuters.  Governo deve liberar emendas para votar projeto da desoneração na Câmara

BRASÍLIA (Reuters) - O governo deve editar um decreto nos próximos dias disciplinando a liberação de restos a pagar de emendas parlamentares, passo que pode facilitar as negociações envolvendo o projeto que reverte desonerações na folha de pagamento, afirmou nesta quarta-feira o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ),  relator da proposta.

O projeto da desoneração seria analisado nesta quarta-feira, mas teve a votação adiada a pedido do governo, que sentiu a necessidade de mais tempo para negociar não só pontos específicos do texto, mas também demandas de sua base, como a liberação de restos a pagar de emendas parlamentares.

"O governo editará nos próximos dias um decreto disciplinando tanto os limites orçamentários quanto os limites financeiros dos restos a pagar", disse Picciani a jornalistas. "Mas essa não é uma questão que eu trate, é uma ação que compete à coordenação política do governo."

"Da minha parte, como relator, eu estou pronto para votar a qualquer momento.  Se fosse hoje a votação, estaríamos com o texto pronto para ser votado."

O líder, que participou de reunião sobre o projeto com o vice-presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, parlamentares e outros ministros envolvidos na articulação política do governo durante a manhã e início da tarde desta quarta-feira, afirmou que trabalha para construir um texto que consiga atender ao Executivo e a parlamentares da base.

Picciani disse que seu parecer ainda não está consolidado, justamente para que possa ser negociado. O líder pondera, no entanto, que  não há como aprovar integralmente o texto enviado pelo Executivo, e que seu relatório, da forma que está agora, preserva de 80 a 85 por cento da meta de economia originalmente prevista pelo governo quando editou a proposta.

"O governo, sobretudo a equipe econômica, precisa ter sensibilidade também e entender que será aprovado aquilo que é possível. E o que não é possível não pode ser considerado como algo que prejudicou o ajuste como um todo", afirmou.

"Creio que o texto que nós apresentaremos irá preservar 80, 85 por cento dessa meta proposta pelo governo. Me parece bastante razoável e uma economia significativa, é um percentual muito maior do que como saíram do Congresso as duas medidas provisórias do ajuste já votadas."

A estimativa inicial do Executivo era que a reversão das desonerações gerasse 5 bilhões de reais neste ano e 12 bilhões de reais em 2016. Atualmente, o benefício custa 25 bilhões de reais por ano ao governo.

O projeto de desoneração prevê a elevação de 1 por cento para 2,5 por cento da alíquota de contribuição previdenciária sobre a receita bruta para a indústria e de 2 por cento para 4,5 por cento para empresas de serviços.

O parecer ainda não consolidado de Picciani prevê que as novas regras entrarão em vigor no dia 1o de dezembro, mas o governo tem interesse em aplicar as mudanças o mais rápido possível. O ponto, segundo o relator, pode ser negociado, mas por se tratar de modificação tributária, teria de respeitar uma noventena para passar a valer.

O deputado pretende ainda permitir que quatro setores sofram um aumento menor nas alíquotas cobradas: o setor de transporte urbano, comunicação social, call centers e indústrias responsáveis por alguns produtos da cesta básica.

"Eu mantenho a proposta de manter para a maioria dos setores a integralidade da alíquota proposta pelo governo... para os setores a serem excepcionalizados, nós poderíamos fazer algum aumento de alíquota, mas que não chegaria a mais do que um terço do que o proposto pelo governo", explicou.

"Mas enquanto houver a possibilidade de um entendimento, eu tenho deixado o relatório aberto para não impedir que o entendimento possa ser feito."

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.