CARACAS (Reuters) - Os preços ao consumidor subiram 800 por cento em 2016 na Venezuela, enquanto a economia recuou 18,6 por cento, de acordo com dados preliminares do banco central do país vistos pela Reuters, a contração econômica mais acentuada em 13 anos e a pior leitura da inflação já registrada.
Uma queda prolongada nos preços do petróleo levou a nação integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) a lidar com escassez desenfreada de produtos, forçando parte população a não fazer refeições e esperar horas em filas em busca de alimentos.
O governo do presidente Nicolas Maduro diz que a atual situação econômica do país é culpa de uma "guerra econômica" liderada por adversários políticos com a ajuda dos Estados Unidos. Como os problemas se amontoando, o banco central parou de liberar indicadores econômicos trimestrais e mensais.
O setor de petróleo encolheu 12,7 por cento em 2016, de acordo com um trecho do documento que foi mostrado à Reuters. O setor não-petrolífero recuou 19,5 por cento, de acordo com o documento.
O vice-presidente da economia, Ramon Lobo, minimizou o valor da inflação divulgado pela Reuters ao falar com jornalistas na sexta-feira, mas recusou-se a divulgar um dado.
Em 2015, a economia da Venezuela contraiu 5,7 por cento, enquanto a inflação atingiu 180,9 por cento, informou o banco central no ano passado.