Tóquio, 1 fev (EFE).- O governo do Japão afirmou nesta quarta-feira que não intervém nas taxas de câmbio de sua moeda, em resposta às críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou que os japoneses têm "jogado" no mercado para desvalorizar o iene.
"Não é verdade que tenhamos provocado a queda do iene, como tenho repetido muitas vezes", afirmou, hoje, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, durante um discurso a uma comissão da Câmara Baixa do parlamento japonês.
Abe se pronunciou desta forma ao ser perguntado por um deputado sobre as acusações de Trump, quem disse na véspera que tanto Japão como China "se empenharam na desvalorização" nos mercados monetários nos últimos anos, durante uma reunião com responsáveis de empresas farmacêuticas realizada em Nova York.
O primeiro-ministro japonês disse que a política monetária do país depende do Banco do Japão (Boj) e cumpre o objetivo de deixar para trás o longo ciclo de deflação da economia nacional, e acrescentou que vai explicar isto para Trump "se for necessário".
Abe deve se reunir com o presidente americano no próximo dia 10, em Washington, um encontro que constituirá a primeira cúpula entre ambos líderes e cuja agenda se centrará nas relações econômicas e o acordo bilateral de segurança.