Por Nandita Bose e Gabriella Borter
(Reuters) - A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, vai apresentar planos para novos incentivos para fomentar a manufatura doméstica, um dia depois que o seu rival republicano Donald Trump disse que iria “tomar” empregos fabris de outros países se ele conquistar a Casa Branca pela segunda vez.
Falando no Estado crucial da Pensilvânia, a candidata democrata à eleição presidencial de 5 de novembro pretende apresentar políticas destinadas a expandir subsídios para compradores de casas, isenções fiscais para pequenas empresas e uma proibição federal sobre a prática de aumentos abusivos de preços em supermercados.
Espera-se que Kamala também mencione seu plano de trabalhar com o setor privado e empreendedores para ajudar no crescimento econômico da classe média, no discurso que será realizado às 15h15 (horário local) no Clube Econômico de Pittsburgh, segundo um alto funcionário de sua campanha, que falou sob condição de anonimato.
A vice-presidente e Trump estão centrando suas mensagens de campanha na economia, que, segundo pesquisas Reuters/Ipsos, é a principal preocupação dos eleitores com a aproximação das eleições.
Kamala está dando destaque para a sua criação "classe média", filha de uma mãe solteira, em contraste com Trump, filho de um rico empreendedor imobiliário de Nova York. Ela planeja dizer aos eleitores que suas políticas são pragmáticas e não baseadas em ideologias.
"Para Donald Trump, nossa economia funciona melhor se funcionar para aqueles que possuem os grandes arranha-céus. Não para aqueles que os constroem. Não para aqueles que os conectam eletricamente. Não para aqueles que limpam os pisos", ela irá falar na quarta-feira, segundo o alto funcionário da campanha.
Enquanto Trump propõe a aplicação de tarifas generalizadas aos produtos fabricados no exterior -- uma proposta apoiada por uma pequena maioria dos eleitores -- Kamala se concentra na concessão de incentivos às empresas para que mantenham as suas operações nos EUA.