BRUXELAS (Reuters) - Os líderes da União Europeia prometeram nesta sexta-feira reagir firmemente contra o protecionismo e pediram uma nova lei da UE para avaliar os investimentos estrangeiros, com Washington e Pequim claramente em mente.
Os líderes, reunidos em Bruxelas para uma cúpula focada mais em migração, disseram que as tarifas de importação dos EUA sobre aço e alumínio da União Europeia não podem ser justificadas e sustentam a contestação legal da Comissão Europeia e as taxas impostas sobre os produtos norte-americanos.
"A UE tem que responder a todas as ações de clara natureza protecionista", disseram os líderes em conclusões escritas sobre a reunião.
As conclusões defendidas pelos líderes afirmam que a Europa continuará a negociar acordos ambiciosos de livre comércio com parceiros - após acordos provisórios nos últimos 12 meses com o Japão e o México.
O bloco ainda está buscando um acordo comercial com o Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, e iniciará negociações em julho com a Austrália e a Nova Zelândia.
No entanto, havia também trechos mostrando que a União Europeia quer proteger suas próprias indústrias e reter tecnologias diante do que considera uma concorrência desleal.
As empresas chinesas são o principal alvo das medidas da UE para combater o dumping e os subsídios injustos, embora os líderes não tenham mencionado a China em seu texto conjunto.
No ano passado, a Comissão Europeia propôs que fosse permitido analisar os investimentos estrangeiros em meio à crescente preocupação com as aquisições chinesas no continente.
Os países da União Europeia também se comprometeram a impulsionar a reforma da Organização Mundial do Comércio para garantir que o comércio seja livre e justo.
(Por Philip Blenkinsop)