Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quinta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 16.10.2025, 04:43
© Reuters

Investing.com - Os índices futuros das bolsas dos EUA registram alta antes da abertura em Wall Street, após os mercados registrarem um fechamento misto na sessão anterior.

A euforia com inteligência artificial leva a fabricante de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) a obter seu maior lucro da história para um terceiro trimestre, enquanto a Oracle deve apresentar novas perspectivas financeiras para a IA.

Por aqui, os investidores aguardam novidades sobre a reunião marcada para hoje entre autoridades do Brasil e dos Estados Unidos em Washington para debater as relações comerciais abaladas entre os dois países. Outro ponto importante na agenda local é a divulgação da “prévia do PIB” de agosto pelo banco central.

1. Futuros sobem em Nova York

Os contratos futuros das bolsas de Nova York registram leves ganhos nesta quinta-feira (16), sustentados pelos resultados acima do esperado da Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) e pelo otimismo em torno da inteligência artificial, embora o cenário siga sensível às novas disputas comerciais entre EUA e China.

Às 06h51 (horário de Brasília), o futuro do Dow Jones subia 0,1%, o do S&P 500 avançava 0,2% e o do Nasdaq 100 ganhava 0,4%. Na véspera, o S&P 500 e o Nasdaq encerraram em alta, enquanto o Dow fechou ligeiramente negativo. O impulso inicial perdeu força ao longo da sessão, mesmo após balanços sólidos da europeia ASML e dos bancos Bank of America e Morgan Stanley.

No campo geopolítico, as tensões entre Washington e Pequim continuam a pesar. Segundo o Wall Street Journal, autoridades chinesas estariam dispostas a adotar uma postura mais rígida nas negociações, avaliando que turbulências nos mercados poderiam pressionar o presidente Donald Trump a buscar um acordo. Já o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que a volatilidade recente não mudará a estratégia da Casa Branca, embora tenha destacado que o governo não pretende ampliar o conflito e que Trump está aberto a um encontro com Xi Jinping ainda este mês na Coreia do Sul.

2. TSMC quebra recorde de lucro e Oracle reforça aposta em IA

A TSMC reportou lucro líquido recorde de T$ 452,3 bilhões (US$ 14,75 bilhões) no terceiro trimestre, superando as projeções de T$ 417,7 bilhões da Reuters/LSEG. O resultado reflete a forte demanda por chips voltados à infraestrutura de inteligência artificial, com receita total de T$ 989,92 bilhões (US$ 32,3 bilhões) e margem bruta de 59,5%.

A fabricante, que tem entre seus principais clientes Apple e Nvidia, prevê crescimento adicional de até 24% na receita do quarto trimestre, sustentado pela expansão do setor de IA. A companhia manteve ainda sua projeção de investimentos de capital de até US$ 42 bilhões em 2025, apesar dos riscos associados às tarifas americanas e à volatilidade cambial.

Já a Oracle Financial Software realiza hoje, em Las Vegas, sua reunião com analistas no encerramento de sua conferência global de IA. A expectativa do mercado é por novas atualizações de guidance, com foco em margens e geração de caixa, após a administração reiterar nesta semana planos de investir pesadamente em data centers para ampliar a capacidade de processamento de modelos de IA corporativos.

A Oracle também anunciou que passará a oferecer serviços em nuvem baseados nos novos chips de IA MI450 da Advanced Micro Devices (AMD), reforçando sua infraestrutura. Em setembro, as ações da empresa dispararam após a divulgação de que o volume de contratos futuros de receita aumentou em US$ 317 bilhões, impulsionado por um acordo estratégico com a OpenAI, criadora do ChatGPT.

3. Fed da Filadélfia divulga índice de manufatura com atenção redobrada

Com a paralisação parcial do governo americano atrasando a divulgação de indicadores, investidores acompanham nesta quinta-feira o índice de atividade manufatureira do Fed da Filadélfia, esperado em 8,6 pontos para outubro, após 23,2 no mês anterior. Leituras positivas indicam expansão do setor.

Diante da escassez de dados oficiais, dirigentes do Federal Reserve têm recorrido a indicadores alternativos para calibrar a política monetária antes da decisão de juros marcada para o fim do mês. O Livro Bege divulgado na quarta-feira mostrou estabilidade na atividade econômica e no emprego nas últimas semanas, mas revelou aumento de demissões e queda nos gastos das famílias de renda média e baixa.

4. Ouro renova recorde histórico com apostas em cortes de juros

O ouro segue em trajetória de alta, atingindo novo recorde histórico e acumulando quatro sessões consecutivas de máximas. O avanço reflete as expectativas de cortes de juros pelo Fed e a intensificação das tensões comerciais entre EUA e China, o que reforça a busca por ativos defensivos.

No momento da redação, o ouro à vista subia 0,5%, cotado a US$ 4.230,48 por onça, após tocar US$ 4.241,99. Os contratos futuros nos EUA avançavam 1%, para US$ 4.244,71. O metal acumula valorização superior a 6% na semana.

O mercado já precifica com alta probabilidade um corte de 25 pontos-base em outubro, seguido por nova redução em dezembro, após o discurso mais brando de Jerome Powell nesta semana. Em ambientes de juros mais baixos, o ouro, que não oferece rendimento, tende a se valorizar, reforçando seu papel como proteção em períodos de incerteza.

5. Autoridades do Brasil e EUA debatem relações comerciais

O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reúne hoje em Washington com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para alinhar a pauta do futuro encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.

O governo brasileiro pretende negociar a reversão das tarifas impostas pelos EUA e a retirada de sanções contra autoridades do país, enquanto os norte-americanos demonstram interesse em minerais estratégicos e em regras mais favoráveis às big techs.

Outro evento importante que pode movimentar os preços dos ativos locais é a divulgação do índice de atividade econômica (IBC-Br) do banco central para o mês de agosto, que tem metodologia diferente da do PIB, mas, apesar disso, é considerado por muitos como uma “prévia” desse indicador. Analistas esperam que o índice registre uma recuperação, após a queda de 0,5% registrada em julho.

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