BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que mais um ministério seja incluído no grupo que será afetado pelo pacote de contenção de gastos discutido pelo governo federal.
"O presidente pediu um esforço para incluir um ministério nesse esforço, com uma negociação que deve ser concluída até quarta-feira", disse Haddad em entrevista a jornalistas na saída da Fazenda.
"Eu não vou adiantar, porque eu não sei se o ministério vai ter tempo hábil de incorporar o pedido dele, mas acredito que vai haver boa vontade para a gente incorporar uma medida a mais."
Segundo ele, os "detalhes" que ainda estavam em discussão na semana passada já foram superados e as reuniões com os demais ministérios já foram finalizadas.
Questionado se, durante as discussões, houve uma desidratação das medidas, que supostamente foram alvo de resistência por parte de membros do governo, Haddad afirmou que o debate ajudou a refinar as propostas.
"Teve ajustes, teve aperfeiçoamentos incorporados, sim, mas, mas eu não chamaria de desidratação, pelo contrário. Acho que torna as medidas mais compreensíveis, mais palatáveis. Nós entendemos que foi um processo muito benéfico", afirmou.
Haddad disse também que ainda se reunirá com Lula na terça-feira para discutir como o pacote será encaminhado para os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O ministro não apontou uma data para o anúncio, que é aguardado com ansiedade pelos mercados financeiros, mas afirmou acreditar que será aprovado no Congresso Nacional ainda este ano.
(Por Victor Borges)