Moscou, 17 abr (EFE).- O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou nesta quarta-feira que não haverá aumento de impostos no país nos próximos seis anos, ao informar sobre a gestão do governo em uma sessão plenária da Duma de Estado (Câmara dos Deputados).
"Tomamos uma decisão de princípios: nos próximos seis anos não haverá aumento da carga tributária", disse Medvedev, que destacou que a estrutura da economia russa começa a mudar para melhor.
Medvedev explicou que a Rússia depende cada vez menos dos mercados de matérias-primas, por isso o país está "melhor preparado para enfrentar situações externas".
Nesse sentido, o primeiro-ministro constatou que nos últimos anos as sanções à Rússia, que tachou de ilegais, aumentaram, o que, na sua opinião, é um "estímulo" para trabalhar com maior eficiência.
"Os Estados que proclamam a prioridade do direito internacional e dos princípios democráticos, agem partindo da presunção de culpabilidade absoluta da Rússia", disse Medvedev.
Para esses países, "se em algum cantinho do mundo a situação não se desenvolver como gostariam, é resultado da intervenção russa", explicou o primeiro-ministro.
Medvedev reiterou que trata-se de uma "lógica primitiva, que se baseia em não querer ver uma Rússia forte também do ponto de vista econômico".
Segundo Medvedev, nos últimos anos a Rússia, graças à sua política monetária e creditícia, conseguiu criar uma "estrutura macroeconômica estável, algo que é reconhecido por todos".
O primeiro-ministro insistiu que o objetivo da Rússia é se situar entre as cinco maiores economias do mundo.
Ao mesmo tempo, Medvedev admitiu que na Rússia, com 146 milhões de habitantes, "há quase 19 milhões de pobres" e que o nível atual das pensões "está longe de" garantir uma vida digna aos beneficiários.