BRASÍLIA (Reuters) - Analistas de mercado apostam em um rombo primário maior para o governo central no ano que vem, de 123,606 bilhões de reais, cifra que passou a ficar dentro de meta estipulada pelo governo após ter sido piorada expressivamente, sob o impacto da fraqueza econômica e maior debilidade na arrecadação prevista.
Na sexta-feira passada, o governo federal fixou uma meta de déficit primário para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) de 129 bilhões de reais em 2018, marcando outro ano de grande descompasso entre receitas e despesas. Antes, a estimativa do governo era de um déficit de 79 bilhões de reais.
Já o mercado previa anteriormente um rombo primário de 118,320 bilhões de reais para 2018 pela mediana das expectativas, conforme relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta quarta-feira.
A coleta de dados para o novo levantamento foi feita até o dia do anúncio da nova meta fiscal para 2018.
Para este ano, a previsão melhorou a um déficit primário de 147,050 bilhões de reais, contra 149,685 bilhões de reais da leitura anterior, mas ainda ultrapassando o rombo de 139 bilhões de reais estabelecido pelo governo como meta para 2017.
Pelo Prisma, os cálculos para a dívida bruta tiveram ligeira melhora tanto para 2017 quanto para 2018. Neste ano, a taxa como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) caiu a 75,42 por cento, sobre 75,60 por cento antes. Já para o ano que vem, a expectativa passou a 78,53 por cento, contra 78,70 por cento do relatório do mês passado.
(Por Marcela Ayres)