BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente da Argentina, Javier Milei, vetou nesta segunda-feira a reforma da Previdência que foi aprovada pelo Congresso no mês passado, dizendo que a medida teria impacto nas contas públicas, de acordo com publicação no diário oficial do país.
O libertário de direita Milei assumiu o poder em dezembro e implementou medidas restritivas de austeridade como parte da estratégia de conter a inflação de três dígitos, apesar do aumento da pobreza no país sul-americano.
"A administração dos recursos públicos deve ser feita com responsabilidade e de acordo com os princípios públicos e da boa administração”, disse o governo Milei na publicação vetando a reforma.
"A reforma aprovada pelo Congresso está em clara violação da estrutura legal atual, já que não considera o impacto fiscal da medida e não determina a fonte do seu financiamento”, acrescentou.
Parlamentares aprovaram em peso a reforma que aumentaria as pensões de acordo com a inflação. O presidente já havia dito que a vetaria, o que aumentou a cisão com o Congresso controlado pela oposição.
(Reportagem de Walter Bianchi)