(Reuters) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauro Borges, entregou sua carta de demissão do cargo, segundo informou a Agência Brasil nesta quarta-feira.
Na véspera, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, também entregou o cargo em carta à presidente Dilma Rousseff, que inicia em janeiro seu segundo mandato depois de se reeleger no final de outubro.
Borges disse que entregou a carta de demissão para deixar Dilma "à vontade" para formar a equipe em seu segundo mandato e negou a existência de um prazo para os ministros entregarem seus cargos na Esplanada.
"Não (houve pedido de antecipar a entrega das cartas pondo o cargo à disposição). Na verdade, há uma visão geral de todos os ministros de que o momento é adequado. Estamos dentro do calendário da transição, no início da transição. Evidentemente, nós nos falamos. Existe uma comunicação entre os ministros, com o próprio ministro (Aloizio) Mercadante, que é o coordenador, chefe da Casa Civil. Mas esse é um procedimento absolutamente natural", disse Borges, segundo a agência.
Na semana passada, uma fonte do governo disse à Reuters que o empresário Josué Gomes da Silva, filho do falecido ex-vice-presidente José Alencar, descartou a possibilidade de assumir o Ministério do Desenvolvimento. Ele era um dos principais nomes cotados para o posto. [nL1N0SW2D6]
Borges disse à Agência Brasil que com a possível saída do ministério, deve retomar seu posto de professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
"O leito natural do meu retorno é a UFMG. É claro que eu estou à disposição do país."
(Reportagem de Eduardo Simões)