(Reuters) - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse neste domingo que o presidente Donald Trump pode aliviar restrições dos EUA à Huawei se houver progresso na disputa comercial com a China - mas, sem um acordo, Washington manteria tarifas para reduzir seu déficit.
"Acho que o que o presidente está dizendo é que, se avançarmos no comércio, talvez ele esteja disposto a fazer certas coisas sobre a Huawei, se ele tiver conforto da China sobre isso e algumas garantias", disse Mnuchin. "Mas estas são questões de segurança nacional."
Washington impôs e depois endureceu tarifas de importação sobre produtos chineses em uma tentativa de reduzir o déficit comercial dos EUA e combater o que chama de práticas comerciais desleais.
O governo dos EUA também acusou a gigante de telecomunicações chinesa de espionagem e roubo de propriedade intelectual, alegações que a Huawei Technologies, uma fornecedora líder na tecnologia de próxima geração 5G, nega.
Washington colocou a Huawei em uma lista negra que efetivamente proíbe empresas americanas de fazer negócios com a empresa, e pressionou seus aliados a também bloquear a Huawei, argumentando que a companhia poderia usar sua tecnologia para realizar espionagem para Pequim.
Mnuchin disse que os Estados Unidos estavam preparados para chegar a um acordo com a China, mas também para manter as tarifas, se necessário.
"Se a China quiser avançar com o acordo, estamos preparados para avançar nos termos que fizemos. Se a China não quiser avançar, então o presidente Trump está perfeitamente feliz em avançar com as tarifas para reequilibrar o relacionamento", disse Mnuchin.
Comentando sobre um acordo de imigração entre o México e os Estados Unidos, Mnuchin disse acreditar que o México cumprirá seus compromissos, mas acrescentou que Trump "reserva-se o direito" de impor tarifas se os compromissos não forem cumpridos.
O próprio Trump publicou no Twitter no sábado que "o México vai se esforçar muito e, se eles fizerem isso, esse será um acordo muito bem-sucedido entre os Estados Unidos e o México".
(Por Kanishka Singh em Bangalore)