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Montadoras de veículos alertam EUA que aumento de tarifas custará milhares de empregos

Publicado 27.06.2018, 12:46
© Reuters. Fábrica da Toyota, no Japão
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WASHINGTON (Reuters) - Grandes montadoras advertiram o governo Trump de que a imposição de tarifas de até 25 por cento sobre veículos importados custará centenas de milhares de empregos, elevará drasticamente os preços e ameaçará os gastos do setor com carros autônomos.

Uma coalizão que representa as principais montadoras estrangeiras, incluindo Toyota, Volkswagen, BMW e Hyundai, disse que as tarifas prejudicariam as montadoras e os consumidores norte-americanos. O governo em maio lançou uma investigação sobre se os veículos importados representam uma ameaça à segurança nacional e o presidente Donald Trump ameaçou repetidamente impor tarifas.

"A maior ameaça à indústria automobilística dos EUA neste momento é a possibilidade de a administração impor taxas sobre as importações em conexão com esta investigação", escreveu a Associação de Fabricantes Globais de Automóveis (Global Association), que representa as principais montadoras estrangeiras.

"Essas tarifas elevariam os preços para os consumidores americanos, limitariam suas escolhas e suprimiriam as vendas e a produção de veículos dos EUA", continuou.

O grupo acrescentou: "Em vez de criar empregos, essas tarifas resultariam na perda de centenas de milhares de empregos nos Estados Unidos, produzindo e vendendo carros, SUVs, caminhões e autopeças".

Na sexta-feira, Trump ameaçou impor uma tarifa de 20 por cento sobre todas as importações de carros montados na UE. Na terça-feira, o presidente norte-americano disse que as tarifas estão chegando em breve.

"Estamos finalizando nosso estudo de tarifas sobre carros da UE, na medida em que há muito se aproveitam dos EUA na forma de barreiras comerciais e tarifas. No final, tudo será equilibrado - e não demorará muito tempo!", escreveu Trump no Twitter.

A Aliança dos Fabricantes de Automóveis, que inclui General Motors (NYSE:GM), Ford, Daimler, Toyota e outros, instou o governo a não avançar com a proposta.

"Acreditamos que o impacto resultante das tarifas sobre veículos importados e componentes de veículos acabará prejudicando a segurança econômica dos Estados Unidos e enfraquecerá nossa segurança nacional", escreveu o grupo, classificando as tarifas como um erro.

A Aliança disse que sua análise dos dados de vendas de automóveis de 2017 mostrou que uma tarifa de 25 por cento sobre veículos importados resultaria em aumento médio de preço de 5,8 mil dólares, o que aumentaria os custos para os consumidores americanos em quase 45 bilhões de dólares anuais.

As tarifas das montadoras também significam menos capital para gastar em carros autônomos e veículos elétricos.

"Já estamos no meio de uma intensa corrida global para liderar em eletrificação e automação. O aumento dos custos associados às tarifas propostas pode resultar na diminuição da competitividade dos EUA no desenvolvimento dessas tecnologias avançadas", escreveu a Aliança.

© Reuters. Fábrica da Toyota, no Japão

Ambos os grupos automotivos citaram um estudo do Instituto Peterson de Economia Internacional que aponta que as sobretaxas de importação custariam 195 mil empregos e poderiam atingir 624 mil empregos se outros países retaliarem.

Trump fez das tarifas parte fundamental de sua mensagem econômica e tem criticado o déficit comercial da área automotiva dos EUA, particularmente com Alemanha e Japão. Alguns assessores sugeriram que o esforço é uma forma de tentar pressionar Canadá e México a fazerem mais concessões nas negociações para renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte.

(Reportagem de David Shepardson)

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