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Moody's: Investimento chinês soma US$ 110 bi em 13 anos e ajuda AL, mas traz riscos

Publicado 25.06.2018, 10:32
© Reuters.  Investimento chinês chega a US$ 110 bi em 13 anos e ajuda América Latina, mas traz riscos, alerta Mo

Arena do Pavini - Os investimentos da China na América Latina totalizaram US$ 110 bilhões entre 2003 e 2016 e continuarão em expansão nos próximos anos devido à alta qualidade das matérias-primas, necessidades de infraestrutura e tendências demográficas favoráveis na região, informa relatório elaborado pela agência de classificação de risco amerciana Moody’s Investors Service. No entanto, embora estes investimentos tragam oportunidades, especialmente para países menores, eles também aumentam alguns riscos, alerta a agência, que acompanha a capacidade de pagamento dos países e empresas de todo o mundo.

Chineses não querem só matérias-primas

Se, em um primeiro momento, os investimentos chineses na América Latina miravam recursos naturais, com o passar dos anos eles tornaram-se altamente diversificados, variando de matérias-primas a serviços, incluindo serviços financeiros. Embora variem na forma, seja através de investimento estrangeiro direto (FDI, na sigla em inglês) ou empréstimos, o fluxo de recursos da China para a América Latina continua aumentando, com impactos distintos entre a região.

Crédito cria endividamento e dependência dos países

“Os empréstimos chineses para governos e companhias estatais latino-americanos têm beneficiado especialmente os países com acesso limitado à financiamentos”, afirma Marianna Waltz, diretora da Moody´s para finanças corporativas na América Latina. “No entanto, a dependência de crédito altamente discricionário introduz elementos potencialmente adversos para os perfis de crédito de alguns soberanos, tais como maior nível de endividamento e balança comercial mais fraca, o que eleva, em consequência, o risco de refinanciamento”.

Empréstimos de US$ 222 bi e Brasil ficou com metade

Entre 2005-16, a China emprestou cerca de US$ 222 bilhões para governos da América Latina e do Caribe (o Brasil, sozinho, recebeu 53% deste total), dois quais aproximadamente metade foram destinados a projetos de infraestrutura e um terço, para projetos de energia, afirma Waltz. Desde 2015, as companhias chinesas investiram mais de US$ 20 bilhões nos setores de eletricidade, saneamento e transporte na região, aproveitando o estresse financeiro de grupos locais de infraestrutura e da tentativa dos governos de controlar os gastos públicos.

A maior parte dos investimentos chineses na América Latina vai para o Brasil, onde empréstimos bancários são usados para financiar, principalmente, projetos de infraestrutura, energia e mineração. Os investimentos refletem um interesse na ampliação do crescimento de companhias chinesas no Brasil, bem como do comércio entre os dois países. Além do investimento direto em fusões e aquisições e projetos greenfield no Brasil, a concessão de crédito de bancos chineses também fornece algum aporte de capital.

Riscos para os países

Embora os investimentos chineses representem uma diversificação nas captações para países da América Latina, para grandes economias, como o Brasil, eles não darão impulso substancial ao crescimento econômico, embora isso possa ocorrer em nível regional ou estadual, afirma a Moody’s. No entanto, existem riscos tais como criação de dívida e riscos de crédito quando os projetos financiados por meio de dívida não geram receita suficiente para quitação dos débitos. Ao mesmo tempo, para projetos que exigem importações, o financiamento pode ser amplamente destinado a esta função, ampliando os déficits em conta corrente.

Por Arena do Pavini

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