Investing.com - Com a aproximação da próxima reunião do Federal Reserve marcada para os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, o Morgan Stanley (NYSE:MS) explicou nesta quinta-feira porque o banco central deverá se manter ativo, mas sem nenhuma nova decisão por algum tempo.
“Não houve muitas mudanças nos dados, apesar de alguns diretores permanecerem otimistas com o cenário”, disse o Morgan Stanley para explicar porque o banco descartou uma alta de juros na próxima reunião.
A aposta em uma manutenção das taxas do Fed está em linha com a maioria dos analistas do mercado, que apostam em apenas 4,1% de chance em uma surpresa, de acordo com o Monitor da Taxa de Juros do Fed do Investing.com.
O Morgan Stanley indicou que tem pouca mudança para ser feita na declaração do FOMC e os analistas esperam que o Fed continue a descrever como “razoavelmente equilibrado” o risco do cenário da economia dos EUA.
Entretanto, esses analistas apontam que as discussões, reveladas na ata da última reunião, identificava os riscos potenciais da política de Donald Trump e que eles notam que os diretores do Fed estão claramente com tom mais forte nos discursos recentes.
“Na medida em que um tom ainda mais forte surja no comunicado [do FOMC] poderemos ver uma maior aposta do mercado em uma alta em março”, disseram.
No momento, os futuros dos fundos do Fed apontam que a probabilidade de uma elevação de taxas em março está em 25,4%.
“Apesar das apostas do mercado, acreditamos que a probabilidade de uma alta em março é baixa e vemos que o FOMC deve entregar uma elevação na reunião de setembro, enquanto esperam que a pressão inflacionaria aumente e as políticas fiscais sejam implantadas antes de mexerem nas taxas novamente”, concluíram os analistas.
Os mercados estão mais otimistas para as apostas na reunião de junho e precificam em 70,9% a chance de uma alta.