Por Nidal al-Mughrabi e Jeffrey Heller
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que qualquer acordo em relação ao futuro de Gaza terá que atender às necessidades de segurança de Israel, alertando o Hamas que ele enfrentará "ataques duros" se recomeçar a disparar contra Israel.
Com o cessar-fogo de cinco dias prestes a acabar no fim da segunda-feira, os negociadores voltaram ao Cairo, após conversações, para buscar o fim para as cinco semanas de hostilidades que mataram mais de duas mil pessoas.
Ambos os lados dizem que as lacunas continuam a existir para que se chegue a um acordo de longo prazo que manteria a paz entre Israel e grupos militantes da Faixa de Gaza, dominada pelo grupo islâmico Hamas, e abrir caminho para que alguma ajuda possa chegar para a reconstrução do enclave destruído.
O Hamas quer que os bloqueios israelenses e egípcios em Gaza sejam suspensos, bem como o estabelecimento de um porto e um aeroporto.
Israel, que lançou sua ofensiva no dia 8 de julho, depois de um aumento dos ataques de foguetes pelo Hamas, tem mostrado pouco interesse em fazer concessões abrangentes e exige o desarmamento dos grupos militantes do território de 1,8 milhão de pessoas.
Em declarações públicas ao seu gabinete, Netanyahu disse que o Hamas não deveria subestimar a determinação de Israel de seguir em batalha.
"Só se houver uma clara resposta às nossas necessidades de segurança chegaremos a um entendimento", disse.
"Se o Hamas pensa que continuando com seus ataques intermitentes vai nos forçar a fazer concessões, está errado. Pois enquanto o silencio não retornar, o Hamas continuará a receber golpes muito duros."
Sobre os comentários de Netanyahu, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse: "O único caminho para alcançar segurança é garantir segurança para os palestinos primeiro, acabar com o bloqueio e concordar com as suas demandas."
No sábado, Osama Hamdan, porta-voz do Hamas, disse no Facebook que "Israel deve aceitar as demandas do povo palestino ou enfrentará longa guerra."