PEQUIM (Reuters) - O gabinete nacional de auditoria da China ordenou autoridades alfandegárias do país para remediarem a prática de coleta de receitas com a venda de dados alfandegários e outros serviços para terceiros, algo que considera como um "problema".
Não ficou claro o que o órgão quer que as autoridades alfandegárias façam, mas o comunicado lança luz sobre a ausência de dados detalhados normalmente divulgados mensalmente pela alfândega do país a clientes que incluem a Thomson Reuters.
As estatísticas de comércio de commodities de abril do maior comprador de petróleo, metais e grãos do mundo ainda não foram publicadas, elas deveriam ter sido divulgadas em 23 de maio.
A companhia que coleta os dados, China Cuslink, operada pelas autoridades alfandegárias, ordenou o adiamento por prazo indefinido da publicação, citando motivos técnicos, disseram três representantes da companhia à Reuters no início deste mês.
A Administração Geral de Alfândega da China coletou 5,6 milhões de iuans (865,2 mil dólares) entre 2016 e 2017 com o fornecimento de dados a compradores externos.
O órgão também recebeu 11,2 milhões de iuans ao fornecer dados de importação e exportação a companhias de comércio exterior.
O gabinete descreveu esse recolhimento como um "problema" e afirmou que as autoridades alfandegárias têm que resolver o assunto.
O atraso na divulgação das informações detalhadas coincidiu com o agravamento da disputa comercial entre Estados Unidos e China.
(Por Meng Meng e Dominique Patton)