As negociações comerciais envolvendo as duas maiores economias do mundo adotaram tons menos amistosos nas últimas semanas, com a proliferação do não consenso entre os países para as corporações multinacionais.
Artigo publicado periódico estatal Global Times indica três cartas na manga de Pequim caso Washington eleve a retórica nas negociações bilaterais, a despeito da possibilidade de uma resolução benéfica para ambos, dada a relação próxima ao mutualismo biológico.
Espadas: A primeira carta na manga seria o banimento total das exportações dos metais de terras raras, utilizados como matérias-primas para a fabricação de chips, componente indispensável em qualquer aparelho eletrônico.
Embora a presença do metal ocorra em território norte-americano, o descompasso existente entre a demanda dos EUA e a possibilidade de exploração da matéria-prima no curto prazo prejudicaria as companhias de tecnologia.
Copas: A segunda carta, segundo o periódico chinês, é em relação à divida pública norte-americana: a China detém mais de US$ 1 trilhão em Treasuries, montante suficiente para dificultar a capacidade de financiamento da maior economia do mundo.
O país asiático é o maior credor dos EUA, seguido pelo Japão. Vale destacar que Pequim vem periodicamente vendendo títulos norte-americanos desde o ano passado.
Paus: Por fim, o fechamento do mercado chinês para as companhias norte-americanas se configura como a última carta de Pequim contra Washington.