Por James Oliphant e Emily Stephenson
(Reuters) - Donald Trump procurou recuperar na terça-feira a vantagem no Estado de Iowa, o primeiro a escolher os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, retornando aos temas do populismo econômico que ajudaram a alimentar sua ascensão como principal candidato do Partido Republicano.
Trump está atrás do senador Ted Cruz, do Estado do Texas, na maioria das pesquisas em Iowa, que realiza seu cáucus (assembleia partidária) em 1º de fevereiro, mas continua a manter vantagem nas pesquisas nacionais.
O mais recente levantamento Reuters/Ipsos por cinco dias seguidos mostrou Trump na frente entre os prováveis eleitores republicanos em nível nacional, com 39 por cento, em comparação com os quase 14 por cento de Cruz.
Falando para uma grande multidão em Council Bluffs, Trump prometeu levar de volta empregos industriais para o Estado.
"Eu realmente entendo o jogo", disse ele, enquanto condenava as empresas norte-americanas que criam empregos no exterior. Trump reafirmou sua intenção de impor um imposto de 35 por cento sobre os bens trazidos para os Estados Unidos por empresas que utilizam mão de obra estrangeira em países como o México.
Mas o magnata direcionou sua ira principalmente à candidata democrata Hillary Clinton, em vez de Cruz ou qualquer outro de seus rivais republicanos.
Sobre a perspectiva de enfrentar a primeira candidata viável mulher à Presidência, na eleição geral, Trump comentou: "Se tiver de ser uma mulher, não deveria ser Hillary".
O evento de terça-feira em Iowa marcou uma clara mudança na corrida, em que Trump prometeu começar a usar sua fortuna pessoal para reforçar sua candidatura em Estados como Iowa, New Hampshire e Carolina do Sul, sem depender exclusivamente da atenção conquistada na mídia. Ele anunciou uma intensa agenda de viagens nesses Estados.
Além disso, Trump disse na manhã de terça-feira que planeja colocar anúncios nos primeiros Estados em que haverá votação partidária para escolha dos candidatos em 2016.
"Vou gastar um mínimo de 2 milhões de dólares por semana, e talvez substancialmente mais", disse a jornalistas, de acordo com o vídeo que foi ao ar na CNN.