Sófia, 6 jul (EFE).- O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse nesta quinta-feira em Sófia que "ninguém vai se beneficiar de uma guerra comercial" e afirmou que esse tipo de conflito "dificulta" o comércio mundial.
Em entrevista coletiva depois de se reunir em Sófia com seu colega búlgaro, Boiko Borisov, Li afirmou que a China "nunca teria iniciado uma guerra comercial com ninguém porque não é uma solução razoável", se referindo à escalada da crise de tarifas entre Washington e Pequim que abriu passagem hoje ao primeiro dia de um conflito comercial entre ambos.
"Mas se algum país decidir subir as tarifas, então aplicamos medidas para defender nossos interesses", ressaltou Li.
Ele disse que "ninguém vai ganhar nenhuma guerra comercial". "Ninguém tira proveito dela. Tal guerra dificulta o processo multilateral do comércio mundial".
Li afirmou que a China defenderá os interesses legais das companhias presentes no país, sem importar sua origem, e garantirá um crescimento econômico constante e estável.
Por outro lado, Li expressou sua satisfação com a unidade na Europa e a força do euro.
"Parabenizamos uma Europa unida e um euro forte. O mais importante é seguir as regras comerciais e as leis da União Europeia (UE)", disse o premiê.
Segundo ele, "a China entende que a UE é uma força importante para a prosperidade global. Sem a Europa no palco global, não haverá desenvolvimento global".
Li está de visita oficial à Bulgária, onde amanhã participará da sétima reunião de chefes de Governo da China e 16 países da Europa central e oriental (16+1) realizado em Sófia, com o objetivo de aprofundar os laços comerciais e a cooperação econômica entre Pequim e esta região.