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Presidente BNDES diz que empréstimos para Cuba e Venezuela foram um erro; discute dívida

Publicado 18.09.2018, 12:42
© Reuters. Presidente do BNDES, Dyogo Oliveira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira que foi um erro o banco ter concedido empréstimos à Cuba e à Venezuela no passado, pois hoje está claro que esses países não tinham condições de honrar seus compromissos.

O saldo devedor dos empréstimos, concedidos durante os governos do PT, somam cerca de 1 bilhão de dólares, e os dois países estão com prestações em atraso, segundo Oliveira.

"Há uma crítica a esses empréstimos e até diria que, olhando hoje, que fica claro que eles não tinham condição de pagar. Provavelmente não deveriam ter sido feitos e agora temos que ir atrás do dinheiro para receber“, declarou Oliveira a jornalistas, após participar de evento no Rio nesta terça-feira.

Nesta semana, Dyogo Oliveira teve reuniões com representantes do governo cubano para tratar do tema. Segundo ele, Cuba tem três parcelas em aberto com o BNDES que juntas somam 17,5 milhões de dólares. O saldo devedor cubano é de aproximadamente 600 milhões de dólares.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social frisou que a solução para a volta da adimplência de Cuba não passa obrigatoriamente pela reestruturação da dívida.

"Eles tem se mostrado solícitos e adeptos a buscar soluções, mas alegam que por conta de questões climáticas e financeiras não têm tido capacidade de honrar totalmente os pagamentos, eles têm feito são pagamentos parciais”, disse ele a jornalistas em evento da Associação Brasileira da Indústria de Química Final (Abifina). “Discutimos alternativas que ainda não podemos revelar”, adicionou

A carteira de exportação do BNDES totaliza aproximadamente 10 bilhões de dólares e a indadimplência Cuba e Venezuela não preocupa para os resultado do banco, frisou Dyogo Oliveira.

© Reuters. Presidente do BNDES, Dyogo Oliveira

"O volume disso em relação a carteira do banco é pequeno e não é preocupante”, destacou.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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