O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Vieira, reuniu-se com o presidente Michel Temer na tarde de hoje (16) no Palácio do Planalto e disse que tem atuado junto aos parlamentares do estado em prol da aprovação das reformas trabalhista e da Previdência.
“Estamos ajudando na bancada. Estamos toda hora no Congresso”, disse Vieira. “Eu gostaria que o Congresso entendesse que nós brasileiros vamos ter que pagar essa conta. Eu pergunto se vamos pagar essa conta agora ou vamos deixar para os nossos filhos e nossos netos?”. Em entrevista aos jornalistas depois da reunião, Vieira disse que o Brasil precisa das reformas.
O presidente da Firjam disse que não existe ninguém que vá pagar essa conta. “O governo não tem dinheiro. Algum congressista acha que um belo dia vai aparecer uma fada trazendo um baú de dinheiro? Não vai. Nós, a população, vamos ter que pagar essa conta”. Ele também disse esperar que não haja mais alterações no texto da reforma da Previdência. “O Brasil não pode imaginar uma reforma que não tenha eficiência”.
Segurança no Rio
O presidente da Firjan elogiou o trabalho do ex-secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, enquanto esteve à frente da pasta, mas entende que o estado não conseguiu atender as comunidades mais carentes com serviços básicos, apesar de um trabalho “formidável” nas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
“O Beltrame fez um trabalho formidável nas UPPs, onde ele colocou a força de segurança do estado para tentar conquistar o território, mas o resto do estado não foi. O estado não proveu a questão de saúde, água e esgoto, a questão de educação como deveria e foi perdendo fôlego junto à população das comunidades carentes. O estado está sendo corrido das comunidades, o que é uma inversão total da ordem. Evidentemente, é preciso se estancar isso”.