Por Brenda Goh e Ryan Woo
XANGAI (Reuters) - O presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, afirmou que a economia do país pode crescer 7 por cento no segundo semestre deste ano, acelerando ante os primeiros seis meses e desafiando as expectativas generalizadas de uma desaceleração.
A previsão de crescimento de Zhou foi feita apenas alguns dias antes do Congresso do Partido Comunista, no qual o presidente Xi Jinping deve fortalecer seu controle em uma reorganização de sua liderança.
Embora a China tenha crescido 6,9 por cento no primeiro semestre, acima das expectativas, muitos economistas e investidores esperavam uma desaceleração no restante do ano.
Essas visões são fundamentadas principalmente em três fatores: maiores custos de empréstimos, aumento das restrições na compra de casas para desacelerar a alta dos preços e fechamentos pelo governo de algumas siderúrgidas e fábricas nos próximos meses para reduzir a poluição do ar no inverno.
Mas a força por trás do crescimento tem sido principalmente o consumo doméstico, disse Zhou em declarações publicadas no site do Banco do Povo da China nesta segunda-feira.
"O crescimento econômico da China desacelerou nos últimos anos...mas o crescimento econômico se recuperou neste ano, com o PIB alcançando 6,9 por cento no primeiro semestre, e pode alcançar 7 por cento no segundo semestre", disse Zhou no Seminário Bancário Internacional do G30 em Washington, no domingo.
Investidores esperam para ver se o crescimento econômico sustentado neste ano dará aos líderes da China a confiança para acelerar e aprofundar as reformas, embora muitos digam que Pequim continua a depender demais do estímulo alimentado pela dívida.
A China publica os dados do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre na quinta-feira.
(Reportagem de Brenda Goh)