LONDRES (Reuters) - A Grã-Bretanha deixar a União Europeia seria um "desastre" tanto para si como para o bloco de 28 países, disse o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, neste domingo.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu renegociar os laços da Grã-Bretanha com a União Europeia antes de propor um referendo sobre a adesão em 2017 se seu partido Conservador for reeleito no próximo ano.
Cameron é a favor de ficar em uma UE reformulada, mas alertou que batalhas recentes, incluindo uma sobretaxa de mais de 1,7 bilhão de euros no orçamento da UE, tornaram mais difícil fazer manter a Grã-Bretanha.
"Isso pode ser um desastre, um desastre para a Europa, obviamente, e eu acredito que também para o Reino Unido", disse Renzi à Sky News, acrescentando acreditar que tanto a Grã-Bretanha quanto a União Europeia se beneficiaram da adesão britânica.
O ex-primeiro-ministro Conservador John Major, disse neste domingo que houve "um monte de mal-entendido" sobre a posição britânica em limitar a liberdade de movimento.
"A União Europeia tem um histórico muito pragmático de encontrar uma maneira de contornar situações difíceis como esta... vamos precisar fazer isso de novo", disse ele à BBC. "Nós não vamos fechar nossas portas e nem deveríamos, economicamente ou politicamente, mas há no meio disso um problema particular de números".
Major disse que o fluxo de imigrantes para a Grã-Bretanha vem sendo acelerado pelo agravamento da situação econômica no sul da Europa e que era possível que apenas medidas de curto prazo sejam necessárias.
"Uma vez que eles estejam de volta ao crescimento, a demanda para vir aqui quase certamente cairá. Então eu vejo isso como um problema de curto prazo, talvez um ano, talvez mais, e nós precisamos de um pouco de ajuda ao longo desse período", disse ele.
(Por Kylie MacLellan)