MOSCOU (Reuters) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira que a missão de seu país na Síria foi um sucesso retumbante, mas enfatizou que a Rússia irá continuar a apoiar o governo sírio e que pode fortalecer sua presença militar na região em uma questão de horas se for necessário.
Discursando no Kremlin durante uma cerimônia de entrega de medalhas a militares que serviram na Síria, Putin procurou minimizar rumores de desavenças com Damasco, dizendo que a retirada parcial de Moscou foi combinada com o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Embora tenha enfatizado sua preferência por uma solução diplomática negociada para o conflito, ele deixou claro que sua nação pode voltar a engrossar suas forças facilmente.
"Se necessário, literalmente dentro de poucas horas, a Rússia pode reforçar seu contingente na região e deixá-lo com um tamanho proporcional à situação em curso ali, e usar todo o arsenal de possibilidades a seu dispor", afirmou Putin.
Na segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que o grosso do contingente militar da Rússia estacionado em solo sírio fosse retirado depois de cinco meses de ataques aéreos, afirmando que o Kremlin teve sucesso na maioria de seus objetivos.
A Rússia irá concluir a retirada da maior parte de sua aviação de combate da Síria "qualquer dia desses", no mais tardar até o final desta semana, disse Viktor Bondarev, chefe da Força Aérea russa, ao jornal Komsomolskaya Pravda em uma entrevista publicada nesta quinta-feira.
(Por Denis Dyomkin, Andrew Osborn, Katya Golubkova e Dmitry Solovyov)