Investing.com - Todos os olhos estão voltados à crescente retórica comercial nesta semana, já que investidores tentam descobrir se uma série de respostas retaliadoras entre EUA e China irá acabar em negociações ou em uma guerra comercial plena entre as duas maiores economias do mundo.
A administração Trump aumentou as apostas em sua disputa comercial com a China, ameaçando tarifas de 10% sobre o equivalente adicional a US$ 200 bilhões em importações chinesas na terça-feira, empurrando as duas maiores economias do mundo para uma guerra comercial em grande escala.
As tarifas não entrarão em vigor imediatamente, mas passarão por um processo de revisão de dois meses, com audiências de 20 a 23 de agosto.
Washington propôs tarifas extras depois que os esforços para negociar uma solução para a disputa não chegaram a um acordo, disseram altos funcionários do governo.
A China acusou os Estados Unidos de bullying e avisou que iria contra-atacar, mas não disse imediatamente como iria retaliar.
Foi o mais recente acontecimento na escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Na semana passada, Washington impôs tarifas de 25% sobre US$ 34 bilhões em importações chinesas e Pequim respondeu imediatamente com tarifas correspondentes sobre a mesma quantidade de exportações dos EUA para a China.
Investidores estão preocupados com o fato de que as ameaças de tarifas mais altas nos EUA e medidas de retaliação por parte de outros países poderiam abalar um raro período de crescimento global e terem efeitos sobre os ânimos.
Enquanto isso, na Europa, o presidente Donald Trump participou de uma cúpula de líderes dos países da Otan em Bruxelas, na qual ele reiterou o compromisso dos EUA com a Otan e reivindicou o crédito por um acordo que ele diz que irá aumentar "significativamente" os gastos militares entre os 29 estados membros.
Trump negou relatos de que ele havia ameaçado sair da aliança, mas mesmo assim disse que "provavelmente poderia" se retirar do tratado sem a aprovação do Congresso. No entanto, ele disse que tal medida não era necessária, dados os acordos alcançados após uma cúpula de dois dias em Bruxelas, na qual ele adotou um tom "muito firme" com seus aliados da aliança.
Os comentários do presidente acompanham relatos de que ele criticou novamente os líderes da Otan na quinta-feira por conta do que ele descreveu como falta de compromisso financeiro com a defesa militar dos aliados europeus dos EUA.
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