NAIRÓBI (Reuters) - O Quênia está monitorando ameaças à saúde causadas pelo Zika vírus antes das Olimpíadas e avalia que é muito cedo para decidir sobre seus impactos, disse o comitê olímpico do Quênia nesta terça-feira, amenizando comentários que sugeriam que poderia deixar atletas fora.
O chefe do comitê olímpico queniano, Kipchoge Keino, disse mais cedo que o Quênia não arriscaria "levar quenianos (aos Jogos) se o Zika vírus atingir níveis epidêmicos" e que estava procurando garantias dos organizadores.
O comitê, porém, disse que o Keino "deve ter sido citado fora de contexto".
"É muito cedo para determinar o status do vírus durante a competição, que ocorrerá daqui a seis meses", disse o chefe da missão para o Rio de Janeiro do comitê olímpico queniano, Stephen Soi, acrescentando que o Quênia estava recebendo atualizações regulares sobre a situação do vírus.
Autoridades esportivas de todo o mundo se apressam a se informar sobre o vírus, que é transmitido por mosquitos, enquanto traçam seus planos para o evento de agosto.
O Quênia conta com alguns dos melhores corredores de provas de meia e longa distância. A nação do leste africano liderou o quadro de medalhas no Campeonato Mundial de Atletismo de 2015.
Keino, ele mesmo um grande ex-corredor, disse que seu escritório tem mantido contato com os organizadores da Olimpíada para manifestar suas preocupações.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma emergência de saúde pública mundial no dia 1o de fevereiro em reação ao Zika vírus, que as autoridades temem estar ligado um aumento nos casos de microcefalia – uma má-formação craniana.
O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês) disse a federações esportivas de seu país que atletas e funcionários preocupados com sua saúde deveriam cogitar não ir à Rio 2016.
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) está aconselhando gestantes e mulheres que pretendem engravidar a evitar viagens a locais com surtos de Zika.
(Por Drazen Jorgic)