Por Steven Scheer
ROMA (Reuters) - O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse neste domingo que seu recém anunciado plano para cortar os impostos nos próximos três anos faz parte de um pacto com os cidadãos, que vai ao encontro das reformas necessárias.
Em entrevista ao canal de televisão estatal RAI, Renzi disse que passou seis meses preparando seu plano, anunciado no sábado, para abolir no ano que vem um imposto sobre propriedade odiado e realizar novos cortes de impostos no futuro.
"Eu propus um pacto aos italianos: se as reformas avançarem seremos capazes de reduzir os impostos em 50 bilhões de euros em cinco anos", disse Renzi. Ele incluiu nesta conta os cortes feitos desde que assumiu o cargo no início do ano passado. Seu mandato vai até 2018.
A vinculação de cortes de impostos e reformas pode ser uma tentativa de amenizar a oposição parlamentar a uma reforma institucional, que inclui uma mudança constitucional para tirar poderes legislativos do Senado, onde Renzi tem uma estreita maioria.
Junto com uma nova lei eleitoral aprovada em maio, a reforma constitucional visa trazer mais estabilidade ao governo e maior eficiência no processo legislativo. Outras reformas prometidas incluem mudanças no sistema de justiça e de impostos e na administração pública.
(Reportagem de Steve Scherer)